Somente um agente fazia segurança da Cadeia de Itapajé no momento da chacina

Publicado em 29/01/2018, às 16h05

Redação

A Cadeia Pública de Itapajé, no interior do Ceará, contava com apenas um agente penitenciário no momento da rebelião que culminou com a morte de 10 presos no interior da unidade prisional. 

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Conforme o delegado da cidade, André Firmino, membros de facções eram separados em celas, sendo duas para o Comando Vermelho (CV), duas para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Porém, durante o banho de sol que costuma iniciar às 8h, os detentos entraram em conflito.

“É o momento mais delicado o banho de sol deles, porque ficam todos juntos no pátio e é difícil segurar”, comenta Firmino.

De acordo com os primeiros detentos ouvidos pela polícia, sendo seis no total, a chacina desta segunda-feira (29) não tem relação com as mortes em Fortaleza e Região Metropolitana. “Eles disseram que não têm ligação, inclusive disseram que não havia nenhum ‘salve’ dos líderes deles, não havia determinação neste sentido”, explica.

Superlotação

A cadeia da cidade conta com cerca de 90 presos e passou por uma vistoria há cerca de um mês. Na ocasião, foram encontrados celulares e facas. Já neste ano, um tentativa de rebelião foi registrada, porém sem feridos. André Firmino acredita que as armas de fogo usadas para a chacina na unidade prisional entraram recentemente.

O delegado afirma ainda que a ação da polícia para tentar conter a matança foi crucial para que o número de mortos não fosse maior. Ele reforça que os envolvidos serão transferidos para Fortaleza no intuito de evitar um “novo banho de sangue”.

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