Supremo venezuelano convoca reunião de poderes por "ameaça terrorista"

Publicado em 28/06/2017, às 16h34
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Redação

O presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), o magistrado Maikel Moreno, convocou hoje (28) os representantes de todos os poderes públicos do país para discutir “a ameaça terrorista" sofrida por esse organismo e para impedir uma "escalada" de violência no país. As informações são da agência EFE.

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A convocação foi motivada por um fato ocorrido ontem (27) em Caracas, quando um agente da polícia científica venezuelana furtou um helicóptero, com o qual sobrevoou e abriu fogo contra as sedes do Ministério de Interior e do TSJ.

Em declarações na sede do Poder Judiciário, em Caracas, Moreno leu um comunicado dizendo que o TSJ decidiu "convocar os representantes do poder público nacional para uma reunião de urgência com o objetivo de tratar a ameaça terrorista e impedir uma escalada violenta contra o povo venezuelano e suas instituições".

No texto, o máximo tribunal condenou as "ações terroristas" contra o Supremo, magistrados e trabalhadores da instituição, além de "exigir que cessem imediatamente os atos e pronunciamentos hostis" contra a alta corte.

O TSJ afirmou que se encontra "sob ameaça terrorista", razão pela qual solicitará "medidas pertinentes para garantir a segurança e integridade da instituição, e informou que designou uma comissão de magistrados para que denunciem este ataque que, segundo assegurou, tem como "único fim" alterar a ordem constitucional do país.

Segundo o governo venezuelano, estes ataques fazem parte de "uma escalada golpista contra a Constituição e as suas instituições", e assegurou que o responsável está sendo investigado “por seus vínculos com a Agência Central de Inteligência (CIA)" e a embaixada dos Estados Unidos no país caribenho.

O Tribunal Supremo solicitou hoje a todos os organismos competentes que, "com a urgência do caso", iniciem as investigações para deter os "terroristas", bem como as possíveis "células que continuem preparando outros atos da mesma magnitude".

Em paralelo a estes ataques de ontem contra o  TSJ, grupos de civis armados supostamente ligados ao chavismo cercaram a sede do Parlamento quando os deputados realizavam uma sessão ordinária, situação que se prolongou durante quatro horas e sobre a qual o governo venezuelano ainda não emitiu declarações oficiais.

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