Temer debate Venezuela com Trump e vê "coincidência de posições"

Publicado em 18/09/2017, às 21h51

Redação

Em suas primeiras horas em Nova York, o presidente Michel Temer não escapou de ouvir protestos e gritos de "Fora Temer" na sua chegada ao hotel em que se encontraria com o presidente norte-americano, Donald Trump, para um jantar.

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Após o jantar, Temer disse que houve "coincidência de posições" com Trump e outros líderes latino-americanos, acrescentando que todos avaliaram que é preciso que se chegue logo a uma solução democrática para a crise venezuelana.

Em entrevista a jornalistas após o jantar, o peemedebista disse que os presentes concordaram em manter a pressão para resolver a situação da Venezuela.

Temer chegou no final da tarde desta segunda-feira (18) a Nova York, onde participa da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

Seu primeiro compromisso foi um jantar com Trump, no hotel Lotte Palace New York, do qual participaram também o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, e a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti.

Na entrada do hotel, do outro lado da rua, um pequeno grupo de brasileiros protestava contra a presença do presidente. Segundo assessores, Temer não chegou a ver o protesto.

O jantar, chamado pelo presidente norte-americano, tinha como tema central a longa crise venezuelana.

Na abertura do encontro, Trump disse aos presidentes latino-americanos que a situação na Venezuela é "inaceitável", que o país está em colapso e a população passando fome.

O jantar foi programado pelo governo norte-americano para tentar aumentar a pressão da região sobre o governo de Nicolás Maduro.

Trump já afirmou mais de uma vez que pode tomar medidas duras contra a Venezuela — inclusive ação militar — e, durante sua fala na abertura do jantar, repetiu que pode tomar "medidas adicionais" se o país continuar em uma escalada autoritária.

O governo brasileiro tinha intenção de conseguir alguns momentos para discutir temas bilaterais, como o comércio de etanol e o acordo open skies, ambos com negociações travadas.

Mas diplomatas brasileiros admitiram que dificilmente haveria espaço para avançar nesses temas.

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