Eberth Lins
As farmácias de Alagoas já registram aumento na busca pelo medicamento hidroxicloroquina e correm o risco de ficarem desabastecidas do remédio, que é recomendado para o tratamento de doenças a exemplo de lúpus e malária.
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A conselheira federal de Farmácia por Alagoas, Mônica Meira, informou ao TNH1 que tem recebido relatos "desesperados" de pessoas que precisam fazer uso contínuo da medicação. "Já registramos vários casos de pessoas que precisam de verdade do remédio e não conseguem mais encontrar nas farmácias. Isso é muito sério", frisou.
A conselheira também fez um alerta aos alagoanos sobre o risco da automedicação. "O que vão fazer com essa medicação em casa? É preciso aguardar as recomendações do Ministério da Saúde (MS), porque a automedicação pode ser ainda mais grave que o próprio coronavírus", pontuou.
Nas redes sociais, usuários da hidroxicloroquina relataram, aflitos, a necessidade do medicamento. A jornalista Elzlane Santos disse ter ficado assustada com a informação de que o medicamento estava 'sumindo" das prateleiras.
"Estava em quarentena, porque sou paciente de lúpus, doença autoimune, e a recomendação é a quarentena, mas precisei ir na rua para buscar o medicamento", relatou. "É um remédio sério, tem efeitos colaterais e não pode ser tomando de qualquer forma", disse a jornalista, acrescentando que só tem dois comprimidos e que ainda não conseguiu comprar o medicamento.
A corrida pelo medicamento foi causada pelo anúncio precoce do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de que o país encontrou um remédio capaz de tratar o coronavírus (Covid-19), nessa quinta-feira (19).
Na China há estudos em andamento para o teste da hidroxicloroquina, também conhecida pelo nome comercial Reuquinol, no tratamento do coronavírus. O medicamento ainda não foi aprovado para este fim e a eficácia do medicament ainda não foi confirmada pelas autoridades sanitárias.
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