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Tévez se coloca à disposição do governo argentino para ajudar no combate ao covid-19

| 03/04/20 - 08h04
| Foto: Divulgação/Boca Juniors

O ídolo do Boca Juniors, Carlitos Tévez pretende ajudar o governo argentino na luta contra o Coronavírus. Em entrevista ao canal América TV, o atacante de 36 anos se colocou a disposição para ajudar naquilo que puder no combate à pandemia em seu país.

“Me coloco à disposição do governo e do clube para ajudar. Não gosto de fantasiar sobre muitas coisas, porque quando se ajuda é do coração. Não é para estar em um vídeo (…). Eu me coloco à disposição do clube, mesmo que isso signifique entregar mercadorias em uma mesa”, afirmou o atacante.

Autor do gol que deu o título da Super Liga Argentina ao Boca nesta temporada, Tévez  afirmou que está disposto a ajudar mesmo nas tarefas mais simples. Ele, inclusive, afirmou que poderia desempenhar tarefas a quem precise ao invés de treinar, por exemplo.

“Em vez de ir para o treinamento pela manhã, pode ser obrigado a fazer coisas para as pessoas. Por exemplo, ir às cozinhas de sopa em La Boca. Eu ficaria feliz em ir. Eu sei que a minha família está bem. Estar com estas pessoas vai nos tornar muito mais fortes. É aí que começa o grande exemplo”. destacou.

Tévez fala em “privilégio aos jogadores

O atacante também comentou sobre o privilégio dos jogadores de futebol e afirmou que eles podem ficar um tempo sem receber salários. Além disso, ele cobrou que seus colegas também ajudem a população.

“O jogador de futebol pode viver seis meses, um ano, sem receber. Não está em desespero como alguém que vive com crianças, que tem que sair de sua casa às 6h e volta às 7h da noite para dar o que comer para toda a família. Não somos exemplo neste caso, sim em outras coisas”.

Na Argentina, a população não pode sair de casa sem uma justificativa. Caso violem o período de isolamento, podem ser presas. Tévez encerrou lembrando que nem todos estão na zona de conforto;

“Temos que estar e ajudar, estar nas salas de jantar. Para nós, é fácil falar da nossa casa, sabendo que tenho comida para meus filhos. Mas as pessoas desesperadas, que não podem se mover e que se saírem de casa são presas, isso é preocupante”.