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O Gimnasia La Plata está próximo de conquistar pela primeira vez o Campeonato Argentino na era profissional - foi campeão somente em 1929, antes da profissionalização. É semifinalista, vem de seis vitórias consecutivas e terá pela frente o arquirrival Estudiantes na próxima segunda-feira, no clássico de La Plata. Apesar do momento virtuoso, os jogadores deixaram de treinar nesta quinta-feira devido às dívidas da diretoria com o elenco.
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Com um extenso comunicado, o grupo de atletas justificou a atitude, que não é novidade no ano. No início de novembro, após uma vitória contra o River Plate antes dos playoffs - resultado que garantiu a permanência do Gimnasia na Primeira Divisão -, eles também não treinaram.
"O plantel profissional do Gimnasia y Esgrima La Plata deseja expressar publicamente a situação que atravessa há vários meses. Vários jogadores de futebol têm até quatro meses de salário atrasados, o que significa que não recebem seus pagamentos individuais desde julho. Isso afeta diretamente nossas famílias, nossas obrigações e o desenvolvimento normal de nossa atividade profissional".
No último sábado, Carlos Anacleto foi eleito presidente do clube com 74% dos votos de um quórum recorde. Anacleto prometeu fazer forte investimento e sanar as dívidas.
O manifesto do plantel também tem a ver com as eleições, já que o novo presidente prometeu quitar as dívidas imediatamente, algo ainda pendente.
"Há um mês, priorizando o compromisso com o clube e seus membros, o elenco decidiu retomar os treinos após a promessa feita pela nova gestão, que se comprometeu a assumir imediatamente parte da dívida assim que assumisse o cargo.
Confiávamos que eles honrariam essa palavra e encontrariam uma solução para o problema que enfrentamos há algum tempo. No entanto, apesar da nossa boa vontade e das repetidas tentativas de abordar a situação de forma privada e respeitosa, não recebemos nenhuma resposta ou progresso concreto dos atuais responsáveis".
Na parte final do comunicado, o elenco diz reclamar um direito do qual tem direito e conclui:
"O plantel permanece unido, em permanente diálogo interno e aberto a qualquer instância que permita resolver esse conflito, esperando que a diretoria atue com responsabilidade e seriedade que a instituição merece".
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