Tragédia em Goiânia: Delegado diz que aluno não era agressivo, segundo testemunhas

Publicado em 20/10/2017, às 15h08

Redação

Dois estudantes morreram e outros quatro, com entre 13 e 15 anos de idade, ficaram feridos depois que um colega, aluno do 8º ano, entrou armado com uma pistola Ponto 40 no Colégio Goyases, escola particular de ensino infantil e fundamental, em Goiânia, e disparou ao menos 15 tiros, por volta do meio-dia desta sexta-feira (20).

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De acordo com a polícia, outros feridos podem ter sido encaminhados a hospitais por outros meios sem registro. O autor dos disparos é filho major e de uma sargento da Polícia Militar e teria sofrido bullying na escola.

O delegado Luiz Gonzaga, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DPAI), afirma que as testemunhas ouvidas relataram que o aluno não dava indícios de agressividade. “Mantinha um bom comportamento no colégio, nada que anunciasse uma tragédia como essa”, afirmou em entrevista à rádio BandNews FM.

O adolescente foi detido por dois homicídios qualificados e quatro tentativas de homicídio. O policial militar, pai do garoto, é ouvido na tarde desta sexta na Corregedoria da PM para explicar como o filho teve acesso à arma, que seria de propriedade do pai. O Ministério Público irá designar uma avaliação psicológica para decidir o procedimento que será adotado.

De acordo com o coronel do Corpo de Bombeiros, Adelino Matheus, quatro crianças foram levadas a hospitais em Goiânia sem risco de morte. O Hospital de Urgências de Goiânia informou que duas meninas e um menino estão internados na instituição.

“Foi somente uma arma só. A criança foi contida na coordenação da escola, foi retirado da escola depois. Está detido. A própria criança que atirou é da mesma sala de aula, com alunos de 14 a 15 anos. É uma situação muito triste, comove muito. Quando a gente faz um atendimento com criança, isso, com os bombeiros, com todas as pessoas, mas estamos aqui fazendo nossa parte”, afirma o coronel do Corpo de Bombeiros. “(O atirador) é filho de um militar, da Polícia Militar. O nome das crianças estamos preservando para não expor as pessoas. Não há professores e funcionários feridos”, afirmou o coronel.

De acordo com o Centro de Operações da Polícia Militar, uma professora fez a primeira ligação para o 190 para informar que um aluno atirou contra os colegas. O Instituto Médico Legal (IML) recolheu os corpos dos dois estudantes mortos por volta das 13h40.

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