Trigo não é glúten: entenda a diferença e razões para consumi-lo

Publicado em 10/11/2025, às 10h00
- O trigo e o glúten não são iguais (Imagem: Nitr | Shutterstock)

Redação EdiCase

Celebrado em 10 de novembro, o Dia do Trigo reconhece a importância de um dos cereais mais antigos e fundamentais para a nutrição, a economia e a cultura alimentar. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), o trigo é o segundo alimento mais consumido no mundo.

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A farinha de trigo é usada no preparo de pães, massas, bolos e biscoitos. A versão mais comum é a branca, que, ao passar pelo processo de refino, perde grande parte das fibras e dos nutrientes. Por isso, quando consumidos em excesso, esses alimentos podem elevar rapidamente a glicose no sangue, contribuindo para o ganho de peso e a resistência à insulina.

A versão integral, por outro lado, é rica em carboidratos complexos, proteínas, fibras, vitaminas do complexo B e minerais como ferro, magnésio, zinco e selênio — nutrientes que proporcionam maior saciedade, melhoram o funcionamento intestinal e ajudam no controle dos níveis de colesterol e glicemia, além de oferecer suporte ao sistema imunológico e à saúde cerebral.

Diferenças entre o trigo e o glúten

Apesar dos benefícios, muitas pessoas ainda confundem trigo e glúten. Segundo o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo, Fellow da The Obesity Society (TOS – EUA) e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), os dois não são sinônimos.

“O trigo é um cereal. O glúten é uma proteína encontrada naturalmente no trigo e em outros cereais, como a cevada e o centeio. Na culinária, é responsável pela elasticidade do alimento. Assim, o trigo sempre terá glúten, mas nem todo alimento com glúten é feito de trigo. E nem todo cereal contém glúten, como o milho, o arroz, o amaranto e a quinoa”, explica.

Pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten devem evitar totalmente o trigo e seus derivados (Imagem: Galigrafiya | Shutterstock)

Nem todo mundo precisa excluir o trigo da dieta

Pessoas com doença celíaca, alergia ao trigo ou sensibilidade não celíaca ao glúten devem evitar o consumo do trigo e seus derivados. Para quem não apresenta essas condições, não há necessidade de restrição ao glúten. “Excluir o glúten não significa reduzir calorias. Alimentos à base de trigo, como pães, e até bebidas, como a cerveja, contêm outros ingredientes — gorduras, carboidratos e açúcar — que os tornam calóricos”, explica o Prof. Dr. Durval Ribas Filho.

Além disso, excluir apenas o glúten da dieta não influencia diretamente a perda de peso. “Outro equívoco é incluir na dieta de emagrecimento produtos sem glúten, como tapioca ou milho, que podem ser ainda mais calóricos e devem fazer parte de uma alimentação equilibrada”, afirma o médico.

Motivos para incluir o trigo integral na dieta

Abaixo, confira alguns benefícios do trigo integral para a saúde e motivos para incluí-lo na dieta:

Por Edna Vairoletti

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