Tudo parado em Brasília: mais de 30 categorias paralisaram atividases nesta quinta

Publicado em 24/09/2015, às 12h17
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Redação

Mais de 30 categorias cruzaram os braços (Crédito: Reprodução Internet)

Os servidores do GDF (Governo do Distrito Federal) prometem fazer uma paralisação geral nesta quinta-feira (24) em protesto contra a decisão do governador Rodrigo Rollemberg de suspender o reajuste salarial do funcionalismo da região. Além disso, os servidores reclamam do aumento de impostos e tarifas de transportes, atingindo principalmente a população de baixa renda.

Segundo a CUT (Central Única dos Trabalhadores) de Brasília, mais de 30 categorias poderão cruzar os braços a fim de parar a cidade. A previsão é de que a paralisação dure 24 horas. Sindicatos de várias categorias estão disponibilizando ônibus para levar a maior quantidade possível de servidores públicos à porta do Palácio do Buriti, onde protestarão durante todo o dia contra o pacote anunciado por Rollemberg.

O secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues. afirma que a central não quer ser penalizada pela crise e que não será aceito "calote disfarçado de ajuste".

— O pacote de maldades e a atitude do governador, que convocou as entidades sindicais separadamente com claro objetivo de fragmentar a nossa luta unitária, exigem resposta imediata da classe trabalhadora. Mostraremos para o GDF que os trabalhadores estão organizados, unidos e muito bem representados. 

Em seu site, o Sindireta (Sindicato dos Servidores da Administração Direta) informou que a paralisação desta quinta-feira é uma advertência séria ao GDF (Governo do Distrito Federal) e garante: se não pagar, os servidores vão parar por tempo indeterminado. Os servidores da Saúde do DF já até fizeram vigília na área externa da CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal). Eles estão acampados na área desde a noite da última terça-feira (22) e prometem ficar até que o risco de não receberem seus salários seja eliminado.

Segundo a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, a ideia é mostrar também aos deputados distritais que eles devem ajudar o governador Rodrigo Rollemberg a encontrar uma saída para que a população não seja a única penalizada por conta da crise que se instalou nos cofres do GDF.

— Já haviamos solicitado que cada deputado abrisse mão das emendas individuais para ajudar no fim da crise. Cada um tem que assumir uma responsabilidade neste momento tão grave. Não podemos pagar esta fatura duas vezes: como cidadãos e ainda como servidores.

Os metroviários do DF também já avisaram que, a partir da zero hora desta quinta, irão cruzar os braços e só retomarão as atividades após 24 horas. A categoria informa que considera o aumento da tarifa de metrô desnecessário, já que boa parte dos serviços oferecidos pela companhia é pago com impostos. Desde domingo, as passagens do metrô passaram a custar R$ 4. O Metrô-DF garante que está preparado para atender a população, mesmo diante de uma greve.

Nesta quinta-feira (24) também não haverá aula nas escolas públicas do DF, já que os professores já garantiram apoio ao movimento. Os postos do Na Hora, as administrações regionais e o Procon-DF também amanhecem de portas fechadas. A expectativa dos servidores é que Rollemberg tenha uma nova conversa após o protesto generalizado e evite um movimento de greve por tempo indeterminado no DF.

Em contato com o R7 DF, o GDF informou que tem se reunido com sindicatos de diversas categorias, antes mesmo do anúncio da suspensão do reajuste, para mostrar as dificuldades financeiras em que o governo se encontra. Segundo o governo, várias reuniões foram feitas com sindicalistas a fim de evitar uma possível paralisação, que afetaria toda a população.

Durantes os encontros, o governo garante ter convidado os sindicatos a apresentarem sugestões que colaborem para o enfrentamento à atual crise econômica, que impede o Executivo de honrar os reajustes. Na reunião, de acordo com o GDF, foram apresentados também os projetos do Executivo que seguem para a Câmara Legislativa e que são importantes para o aumento da arrecadação. "A expectativa é que as partes envolvidas cheguem a um consenso. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira (28)", diz a nota.

A Polícia Militar do DF ainda não divulgou o esquema de segurança e trânsito para a região central de Brasília. O DER-DF (Departamento de Estradas de Rodagem do DF) informou que, por conta da paralisação anunciada, não haverá operação de reversão de pista na Epia (Estrada Parque Indústria e Abastecimento), nos sentidos Torto-Colorado e Colorado-Torto.  



Fonte: R7


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