Pedro Acioli*
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovou, por meio do Conselho Universitário da Universidade Federal de Alagoas (Consuni), a criação de cotas para pessoas transexuais nos cursos de graduação. A decisão foi unânime e decidida em uma reunião ordinária realizada on-line nessa terça-feira (4).
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De acordo com a Ufal, foi criada uma comissão para a elaboração da Política de Cota Trans em cursos de graduação da Ufal, sob a liderança da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), que está responsável por encaminhar ao Ministério da Educação (MEC), até o final de novembro, toda a documentação que contempla a reserva de vagas para os candidatos do Sisu 2026.
A universidade já possuía cota para pessoas trans nos cursos de pós-graduação desde 2022, reservando 10% das vagas para esse público. Agora, a medida passa a valer também para os demais cursos. Ainda não foi divulgado qual percentual será destinado para a cota.
O reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, comemorou a aprovação: “Eu acho que a gente vai dar um salto ímpar na história da Universidade. Muito obrigado pelo carinho de todos vocês com essa pauta, que é a todos nós muito cara. Muito obrigado!”, disse logo após a votação.
A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Itabuna (BA), foi a primeira instituição federal de ensino superior a criar política de cotas para pessoas trans e passou a ofertar vagas a candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas em 2018.
Atualmente, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), pelo menos 30 universidades federais já oferecem cotas trans a partir da graduação, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade de Brasília, a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Federal de Santa Catarina.
*Com informações da Ascom Ufal
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