Um aspecto a ser considerado no ato público deste domingo

Publicado em 20/09/2025, às 11h30

Flávio Gomes de Barros

Estão anunciados para este domingo, 21, em todo o Brasil, atos públicos contra a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados de tentativa de golpe de Estado, no final de 2022, para impedir a posse do presidente Lula  (PT), e que beneficiaria os presos e condenados pelo 8 de janeiro de 2023 por invadirem as sedes dos três Poderes, em Braaília.

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A manifestação de amanhã ocorrerá em Maceió, com concentração a partir das 9 horas, na Praça dos Sete Coqueiros, na orla marítima, e visa também protestar contra a chamada PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara dos Deputados para ampliar a imunidade parlamentar dos detentores de mandato no Congresso Nacional.

As duas causas foram abraçadas por partidos, entidades e lideranças de esquerda e vai servir de referencial pra dimensionar o tamanho do movimento esquerdista, que nos últimos tempos não tem alcançado muito sucesso nas tentativas de mobilização popular nas ruas.

Há, entretanto, diferença fundamental entre as duas situações: a repugnância à PEC da Blindagem (ou da impunidade, da bandidagem...) é manifestada por qualquer cidadão de bem, enquanto a anistia é defendida apenas por parcela dos brasileiros - especialmente no que diz respeito aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Ou seja, muitos que poderiam ir à manifestação por serem contra a CPI da Blindagem vão deixar de participar para não reforçar o coro dos que são contra a anistia.

Esse é um fator a ser considerado pelos organizadores do ato.

 

 

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