Uma forma bem peculiar e sutil de contestar o resultado das eleições

Publicado em 31/10/2022, às 18h14

Redação

Desde o anúncio oficial do resultado das eleições no Brasil circulam nas redes sociais referências indiretas, em forma de contestação, à decisão do eleitor referendada pelas urnas.

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Uma delas reproduz trecho do célebre discurso proferido no Senado Federal, em 1914, pelo jurista baiano e senador Rui Barbosa:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Outra é do filósofo e historiador italiano Nicolau Maquiavel (1469/1527), de Florença, com trecho da sua obra literária mais famosa, “O Príncipe”:

“Um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos, não merece a liberdade. Merece a escravidão.

Um país cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos, não tem vocação para a liberdade. Seu povo é escravo por natureza.

Um povo cujas instituições, públicas e privadas, estão em boa parte corrompidas, não tem futuro. Só passado.

Uma nação onde a suposta sociedade civil organizada não mexe uma palha se não houver a possibilidade de lucros, não é capaz de legar nada a seus filhos, a não ser dias sombrios.

Uma pátria onde receber dinheiro mal havido a qualquer título é algo normal, não é uma pátria, pois nesse lugar não há patriotismo, apenas interesses e aparências.

Um país onde os poucos que se esforçam para fazer prevalecer os valores morais, como honestidade, ética, honra, são sufocados e massacrados, já caiu no abismo há muito tempo.

Uma sociedade onde muitos homens e mulheres estão satisfeitos com as sórdidas distrações, em transe profundo, não merece subsistir.

Só tenho compaixão daqueles bravos, que se revoltam com esse estado de coisas. Àqueles que consideram normal essa calamidade, não tenho nenhum sentimento.

Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”

 

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