Vacinação contra sarampo e poliomielite é prorrogada até 14 de setembro

Publicado em 03/09/2018, às 15h35
Vacinação | Agência Brasil -

Folhapress

Sem atingir a meta ideal, a campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite será agora prorrogada até 14 de setembro, informou nesta segunda-feira (3) o Ministério da Saúde.
Balanço preliminar da pasta indica que 88% das crianças de um a menores de cinco anos já foram vacinadas, o equivalente a 9,8 milhões.
A meta, porém, era vacinar até 95% do público-alvo, composto por 11,2 milhões, até o dia 31 de agosto, data final da campanha. 

LEIA TAMBÉM

Até agora, apenas sete estados atingiram esse percentual: Amapá, Santa Catarina, Pernambuco, Rondônia, Espírito Santo, Sergipe e Maranhão. Os demais ainda estão abaixo desse índice.
 A menor cobertura ocorre no Rio de Janeiro, onde apenas 68% das crianças já foram vacinadas.
Diante da dificuldade, municípios de diferentes regiões do país realizaram um segundo "dia D" neste sábado. O primeiro ocorreu em 18 de agosto.

A adesão, no entanto, ainda ficou abaixo do esperado. Agora, a recomendação é que estados e municípios façam busca ativa para garantir que todo o público-alvo da campanha seja vacinado.
Neste ano, a campanha de vacinação é "indiscriminada", o que significa que mesmo crianças que estão com a carteirinha de vacinação em dia devem receber novas doses de reforço contra as duas doenças.
O objetivo é elevar a cobertura vacinal no país e reforçar a proteção de já vacinados. Desde fevereiro, o país já registra 1.553 casos de sarampo, com sete mortes. Outros 6.975 casos permanecem em investigação.

Já a poliomielite preocupa diante da queda nas coberturas vacinais, o que aumenta o risco de retorno da doença caso haja nova reintrodução do vírus no país e contato com não vacinados.
Durante a mobilização, a aplicação das doses tem esquemas diferentes dependendo da situação vacinal de cada criança.
Crianças que nunca tomaram nenhuma dose de vacina contra a pólio, por exemplo, devem receber uma dose da VIP (vacina injetável).

Já aquelas que já tiverem tomado uma ou mais doses recebem a VOP (vacina oral), conhecida como gotinha. A ideia é reforçar a imunização contra a doença.
Contra o sarampo, a campanha prevê que todas as crianças recebam uma dose da vacina tríplice viral. A exceção são aquelas que já foram vacinadas nos últimos 30 dias.
Segundo as secretarias de saúde, a vacina é contraindicada apenas para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes de câncer.

Já crianças alérgicas à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, devem informar o quadro às equipes de saúde. Neste caso, elas recebem outra vacina contra sarampo, produzida pelo instituto BioManguinhos.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Aprovado projeto que reconhece portadores de fibromialgia como pessoas com deficiência Anvisa proíbe quatro marcas de suplementos alimentares; veja quais Anvisa proíbe quatro marcas de suplementos alimentares; saiba quais Vai viajar? Cardiologista alerta quem tem problemas cardíacos