Agência Alagoas
As festas de fim de ano e o período de férias familiares costumam ser marcados por viagens, encontros e momentos de lazer. Para quem convive com alguma doença cardíaca, no entanto, esse período exige atenção redobrada. Pensando nisso, o cardiologista Felipe Fraga, do Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, orienta sobre os principais cuidados que os cardiopatas devem adotar antes e durante a viagem, garantindo mais segurança e tranquilidade para toda a família.
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Antes de sair de casa, é fundamental organizar a medicação. O especialista recomenda levar a quantidade necessária para todo o período da viagem e, sempre que possível, incluir uma reserva extra para eventuais imprevistos.
“Outro ponto essencial é portar um relatório médico que descreva a condição cardíaca e a receita atualizada com todas as medicações em uso. Esses documentos são importantes caso o paciente precise de atendimento em outra unidade de saúde”, explicou o cardiologista.
Manter-se hidratado é uma orientação válida para todos, especialmente para quem vai viajar para regiões mais quentes. No entanto, pacientes com insuficiência cardíaca devem conversar previamente com o cardiologista para saber qual a quantidade adequada de líquidos, respeitando as particularidades da doença.
Atenção redobrada com crianças cardiopatas
Durante as viagens, os cuidados devem ser ainda maiores com crianças que têm doenças cardíacas, segundo especificou o especialista. “Os responsáveis precisam ficar atentos a sinais de alerta, como respiração ofegante, alteração na coloração da pele — que pode ficar arroxeada ou azulada —, tontura ou sensação de desmaio”.
Na presença de qualquer sintoma incomum ou dúvida, a orientação é procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo.
Viagens longas e risco de trombose
Em deslocamentos prolongados, seja de carro, ônibus ou avião, o cardiologista reforça a importância de se movimentar a cada duas horas. “Caminhar, alongar as pernas e realizar exercícios simples, como ficar na ponta dos pés, ajudam a reduzir o risco de eventos trombóticos”, orienta.
Segundo ele, o uso de meias elásticas compressivas também pode ser indicado. “Para pacientes com maior risco de trombose, é fundamental conversar com o médico, pois pode haver necessidade de medicação anticoagulante no dia da viagem”, frisa Felipe Fraga.
Segundo o cardiologista, o principal cuidado é o planejamento. Conversar com o cardiologista antes de definir o roteiro da viagem permite ajustes no tratamento e evita intercorrências. “Com organização e acompanhamento médico, é possível aproveitar as festas com mais saúde, segurança e tranquilidade”, reforça Felipe Fraga.
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