Veja a importância das proteínas para a saúde mental e neurológica

Publicado em 12/02/2025, às 16h00
- As proteínas contribuem para a saúde e o bem-estar físico e mental (Imagem: Timepopo | Shutterstock)

Agnes Faria

Além de oferecer benefícios para o corpo, como o aumento da saciedade, o auxílio à formação dos músculos, o fornecimento de energia, a manutenção das articulações e a produção de anticorpos, a ingestão de proteínas também beneficia a saúde mental e neurológica.  

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“As proteínas são essenciais para a produção de alguns neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina, que influenciam diretamente o humor, a motivação e o nível de energia. O triptofano, por exemplo, é um aminoácido presente em fontes proteicas que atuam na síntese de serotonina, ajudando a reduzir sintomas de ansiedade e depressão”, explica Emília Ribeiro, nutricionista da clínica Revitalis, especializada no tratamento de saúde mental. 

Em relação à saúde neurológica, alguns aminoácidos presentes nas proteínas atuam na manutenção e reparação das células cerebrais. “Aminoácidos como a tirosina e a glutamina ajudam na produção de neurotransmissores, o que melhora a memória, a concentração e a capacidade de aprendizado”, comenta a profissional, que acrescenta que eles são capazes de ajudar a prevenir doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.  

A deficiência de proteínas, por outro lado, também pode trazer malefícios para a saúde mental e neurológica. Emília Ribeiro cita o risco aumentado de ansiedade, depressão e fadiga mental, a dificuldade de concentração, as falhas na memória, a fraqueza muscular, a perda de massa magra e o maior risco de doenças neurodegenerativas.  

Quantidade ideal de proteínas 

Para alcançar os benefícios das proteínas, é preciso consumi-las na quantidade correta. Segundo Aparecida Romão, nutricionista da clínica Revitalis, a ingestão diária de proteínas varia conforme a idade, o nível de atividade física e o estado de saúde da pessoa. Contudo, de modo geral, as crianças devem ingerir de 1,0 g a 1,2 g de proteína por kg de peso corporal, os adultos de 0,8 g a 1,2 g e os idosos de 1,0 g a 1,5 g. 

Em todo caso, é importante consultar um nutricionista para garantir a ingestão adequada, evitando o excesso, que pode sobrecarregar os rins e o fígado, ou a deficiência, que pode levar à perda de massa muscular, fraqueza, comprometimento do sistema imunológico e dificuldades na cicatrização de feridas.

Alimentos fontes de proteínas 

As proteínas estão presentes em quase todos os alimentos, mas sua concentração – em maior ou menor quantidade – varia conforme a fonte. De acordo com a nutricionista Rita Novais, que também atua com fitoterapia e terapia quântica, as fontes ideais são: 

Além disso, a profissional explica que o ovo é uma proteína completa, pois apresenta todos os aminoácidos essenciais em sua composição. “O valor biológico do ovo (escala de retenção pelo corpo humano) chega a 94%, o que significa que quase todo o seu teor proteico é aproveitado pelo organismo”, complementa.  

As proteínas precisam ser distribuídas entre as refeições de forma equilibrada (Imagem: nadianb | Shutterstock)

Inserindo as proteínas nas refeições

Além de identificar a quantidade adequada de proteínas conforme as necessidades individuais, é importante distribuí-las em todas as refeições ao longo do dia, garantindo uma melhor absorção e utilização pelo organismo. A nutricionista Emília Ribeiro aponta um exemplo de como realizar essa distribuição:

“A ingestão de proteína animal ou vegetal no decorrer do dia deve ser feita preferencialmente na forma assada, grelhada ou ensopada, evitando as frituras”, alerta Rita Novais. Ademais, consultar um nutricionista é essencial para garantir um cardápio equilibrado com a quantidade adequada de proteínas e distribuição.

Outros hábitos alimentares importantes 

A fim de aproveitar da melhor forma possível os benefícios das proteínas para a saúde mental e neurológica, elas devem fazer parte de uma alimentação equilibrada e variada. “A ingestão de frutas, verduras, legumes e carboidratos complexos (mandioca, batata-doce, arroz integral, lentilha etc.), que são ricos em vitaminas do complexo B, é fundamental para o processo de neurotransmissão e produção de serotonina, triptofano, dentre outras funções”, comenta Rita Novais.  

Além disso, Emília Ribeiro ressalta que também é essencial manter uma hidratação adequada, incluir na dieta boas fontes gorduras, como abacate, azeite de oliva e peixes ricos em ômega 3, bem como evitar açúcar e alimentos ultraprocessados.  

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