Redação
Na manhã deste sábado (29), a Escola SESI Centro, em Maceió, viveu a energia da final do Circuito Alagoano de Sumô de Robôs. O evento reuniu alunos de diferentes partes do estado – de Maceió, de municípios do interior e de várias redes de ensino – para duelos eletrizantes de robôs feitos pelos próprios competidores.
LEIA TAMBÉM
A disputa simbolizou o encerramento de um ciclo de incentivo às áreas STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), destacando o protagonismo juvenil e a busca por soluções tecnológicas que dialoguem com o cotidiano.
O coordenador de Robótica do SESI Alagoas, professor Eduardo Monteiro, afirma que a participação de equipes de escolas públicas, privadas e instituições como Ifal e de ensino superior – como Ufal, Uninassau e Cesmac – mostra o quão inclusivo e amplo o evento se tornou. Ele estima cerca de 150 competidores distribuídos em aproximadamente 50 equipes.
Segundo Monteiro, o apoio do SESI, seja com estrutura, premiação ou logística, foi fundamental para que a competição alcançasse esse porte — e ele acredita que, em 2026, o Circuito crescerá ainda mais.
Para o professor Alberto Jorge, um dos fundadores do Circuito e docente da área de eletrônica do Ifal, a robótica é “uma ferramenta muito poderosa” para estimular o aprendizado. Ele ressalta que a construção e programação dos robôs envolvem matemática, física, eletrônica e mecânica – e esse conjunto desperta no aluno um entusiasmo pelo conhecimento muitas vezes ausente nos métodos tradicionais.
O jovem competidor de 15 anos Gustavo Henrique, da Escola SESI Centro, destaca que o evento representou mais do que competição. “A gente fez um total de três robôs… Foi bem legal, teve alguns desafios que a gente teve que superar… foi bem legal ver os outros robôs, as outras equipes. E também a parte da colaboração em equipe foi bem legal”. Ele enfatizou que aprender robótica dessa forma, prática e em grupo, torna o aprendizado mais divertido e interativo e “bem melhor do que aprender só na aula”.
Outro professor, Paulo César Madeiro, que atua nos colégios Batista Moriah e Santíssima Trindade, comemorou a evolução do Circuito. Segundo ele, quando começaram havia poucas escolas participando; hoje, alunos de quinto e sexto ano já dominam programação e montagem de robôs, mostrando como a robótica vem se consolidando como parte efetiva do aprendizado.
Sumô de robôs
A modalidade de sumô de robôs – também chamada de “mini-sumô” ou “sumô robô” – segue o formato clássico da modalidade: dois robôs autônomos disputam em uma arena circular (o “dohyō”), tentando empurrar o adversário para fora usando sensores e programação, sem controle remoto.
Mais do que vitórias ou troféus, o que se vê em torneios como o Circuito Alagoano de Sumô de Robôs é uma experiência de aprendizagem multidisciplinar e com significado real. Os alunos se tornam protagonistas na própria formação, exercitando lógica, criatividade, trabalho em equipe e paixão por tecnologia.
LEIA MAIS