Theo Chaves
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas confirmou, no fim da tarde desta terça-feira (14), que o grupo de trabalhadores alagoanos mantido em condições análogas à escravidão, em uma fazenda de café, no município de Bretejuba, interior do Espírito Santo, foi resgatado pela Polícia Militar do estado capixaba. Em vídeo encaminhado à reportagem do TNH1 (veja abaixo), a cozinheira Wagna Silva, de 43 anos, que faz parte do grupo de cerca de 12 trabalhadores, mostra o momento em que eles foram colocados na carroceria de um caminhão de pequeno porte.
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De acordo com o relato da trabalhadora, a polícia solicitou que o grupo fosse levado para uma delegacia antes de retornar ao estado de Alagoas. "A polícia acabou de nos notificar que teremos que ir para a delegacia. Ainda disseram que de lá vão colocar a gente e uma van, para podermos retornar para a casa. Também pediram para a gente se alimentar e, em seguida, vamos para a delegacia", disse a trabalhadora.
Ao TNH1, o Cícero Filho, superintendente do Ministério Regional do Trabalho e Emprego de Alagoas (MTEAL), disse que os trabalhadores devem ser ouvidos pela polícia e por técnicos do Ministério do Trabalho. "Técnicos do Ministério do Trabalho estão no local para ouvir os trabalhadores. Os depoimentos deles são importantes para caracterizar ou confirmar o crime de trabalho análogo à escravidão. A polícia também deve ouvi-los e colher informações sobre tudo o que ocorreu nesses últimos 14 dias", confirmou o superintendente do MTE de Alagoas.
O caso
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