Vendas online no país movimentam mais de R$ 600 bi em sete anos

Publicado em 11/05/2023, às 12h52
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Folhapress

 O comércio eletrônico brasileiro movimentou R$ 628 bilhões nos últimos sete anos, segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Negócios foram impulsionados principalmente entre 2020 e 2022, triênio que coincide com a pandemia da Covid-19 -foram R$ 450 bilhões em transações de compra e venda online no período.

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O celular liderou o ranking de negócios em termos de movimentação financeira, respondendo a 11,5% (R$ 72,1 bilhões) do total observado no período. Somente no ano passado, o faturamento com smartphones e outros aparelhos celulares comercializados via web chegou a R$ 16,9 bilhões. Informações oficiais sobre o e-commerce no país passam a ser de acesso público a partir desta quinta-feira (11), com o lançamento do painel Comércio Eletrônico Nacional, uma iniciativa da pasta comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Abastecida com dados fornecidos pela Receita Federal, a ferramenta apresenta os valores nominais dos negócios realizados com emissão de nota fiscal no Brasil.

"Num momento em que o e-commerce vem crescendo no Brasil e no mundo é fundamental que todos tenham acesso a essas informações, até para se preparar para o processo de transformação digital da economia", afirmou Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do ministério.

Nesse início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o e-commerce ganhou destaque após a informação de que a gestão petista colocaria fim à isenção de imposto de importação para encomendas de até US$ 50 (R$ 250) enviadas por pessoas físicas e destinadas também a pessoas físicas. O objetivo da medida era barrar o uso dessa isenção por empresas que fraudam o processo de importação e colocam indevidamente o nome de indivíduos como remetentes. Companhias brasileiras acusam rivais asiáticas de usar o expediente.

Varejistas como AliExpress, Shein e Shopee abocanharam uma parte significativa do mercado brasileiro com produtos mais baratos. Com a repercussão negativa dos planos do governo nas redes sociais, polêmica que mobilizou inclusive a primeiradama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, o Executivo recuou.

O novo painel do MDIC, segundo os técnicos do ministério, está alinhado aos esforços do governo federal para impulsionar e dar transparência à economia digital no Brasil. A ferramenta dá visibilidade a um mercado que cresceu em faturamento mais de cinco vezes nos últimos sete anos, saltando de R$ 36 bilhões (2016) para R$ 187 bilhões (2022).

Além de celulares, aparecem com destaque na série do governo outros equipamentos eletrônicos, como os televisores, que tiveram um faturamento da ordem de R$ 28 bilhões (4,5% do total). As vendas de computadores (menos de 10 kg) chegaram a R$ 21 bilhões (3,3%). A inovação tecnológica mostra diferenças regionais no fluxo do comércio eletrônico -muito concentrado no Sudeste, com 74,1% de todas as vendas online no período de 2016 a 2022. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram os estados que mais venderam e mais compraram no período segundo a série histórica de sete anos, movimentando 68% do valor transacionado na condição de emitentes e 54% na de destinatários.

Além disso, a base de dados permite um mapeamento da dinâmica do comércio eletrônico de bens e de possibilidades de tendência de crescimento. Produtos de renda de algodão vendidos pelo Ceará pelo comércio eletrônico, por exemplo, foram enviados principalmente para São Paulo (13,5%), Pernambuco (11%) e Bahia (10,5%).

Os vinhos produzidos no Rio Grande do Sul, por sua vez, tiveram como principais destinos nas vendas do eEspeciais Drone Natureza Acervo Última Hora Belmonte Especial Parceiros São Paulo antiga Cenas de São Paulo Amazônia Religião Coronavírus Cracolândia SP Pelé Camisa 10 Mortes 2022 Yanomamis Martinho da Vila - 85 anos (https://www.uol.com.br/) commerce São Paulo (30%) e Santa Catarina (14%), enquanto quase 90% da castanha do Pará vendida no período pela internet circulou dentro do próprio estado. "A ferramenta vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor e pode, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas", disse Uallace Moreira, do MDIC.

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