Venezuelanos realizam manifestação em Fortaleza contra governo de Maduro

Publicado em 23/01/2019, às 20h22
Alex Gomes/O Povo -

O Povo Online

Cerca de 20 venezuelanos que moram na Capital se reuniram na avenida Beira Mar, na tarde desta quarta-feira, 23, em protesto contra Nicolás Maduro. Com cartazes de "fora Maduro", "Venezuela livre " e "não mais ditadura", os manifestantes pediam a queda do presidente que assumiu seu segundo mandato no governo na quinta-feira, 10 de janeiro. 

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Em Fortaleza, a ação foi organizada por meio de grupos de WhatsApp e Facebook. Os organizadores estimam que cerca de 70 venezuelanos estejam morando no Estado. O ato foi idealizado pela oposição ao governante e acontece em alguns locais do País e do mundo.

De acordo com a jornalista Roxana Escalhona, de 39 anos, o intuito é apoiar o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que pretende convocar novas eleições. O líder opositor se declarou novo presidente e foi reconhecido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e também por Jair Bolsonaro (PSL), do Brasil. “Estamos mandando uma força para nossos irmãos que estão lá morrendo, passando fome e necessidade”, disse a profissional, que trabalha na Capital com venda de artesanatos.

Por meio de nota, o Itamaraty disse que o governo brasileiro "apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela". 

"Queremos dar apoio as pessoas que estão neste mesmo instante na Venezuela, protestando para tirar Maduro do poder", acrescentou Roxana. Participaram da ação estudantes, médicos, costureiras, arquitetos, mecânicos e jornalistas que vieram para o Brasil, no intuito de fugir da crise que seu País enfrenta.

Em conversa com a reportagem do O POVO Online, o grupo relatou que não desejava sair de seu País de origem. No entanto, tomaram está decisão porque não queriam passar necessidades. "Graças a Deus o Brasil nos acolheu, nós agradecemos. Porém, no momento em que a Venezuela se estabilizar, pode ter certeza que vamos voltar", relatou uma das manifestantes. 

Além dos chefes do Executivo do EUA e Brasil, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, usou sua conta no Twitter para anunciar apoio a Juan Guaidó. O governante disse que o suporte se faz necessário para que seja possível "abraçar novamente a liberdade e a democracia".

Deputada federal pelo PT e também presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann disse que começou a "caminhada de conflitos na América Latina". Ela ressaltou que o Brasil “só tem a perder com esta intervenção na Venezuela".

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