Vice-presidente do Corinthians paga fiança e volta para casa

Publicado em 22/03/2016, às 21h01

Redação

O vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, pagou fiança e deixou a prisão poucas horas após ser preso pela PF (Polícia Federal), informou a assessoria de imprensa do órgão, que não revelou o valor pago pelo cartola para deixar a carceragem. André é suspeito de ter recebido R$ 500 mil em propinas da empreiteira Odebrecht.

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André foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (22), em São Paulo, por porte ilegal de armas. Alvo da Operação Xepa, nova fase da Operação Lava Jato.

Às 6h, agentes da PF foram a sua casa no Tatuapé com a missão de conduzi-lo coercitivamente para depor na Superintendência da Corporação, na Lapa. Durante as buscas em sua residência, os federais encontraram uma arma de fogo, sem licença.

O nome de André Negão apareceu na planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, sob o codinome "Timão" ao lado da palavra "Alface". A planilha foi apreendida na casa da secretária dos altos executivos da empreiteira, Maria Lucia Tavares. A empreiteira é responsável pelas obras do Itaquerão, estádio do Corinthians, que sediou a abertura da Copa do Mundo 2014.

Na planilha, André Luiz de Oliveira está ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço Rua Emilio Mallet, em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014, no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".

"Em consulta a banco de dados restrito, obtém-se a informação de que André Luiz de Oliveira reside no mesmo endereço da entrega, tratando-se muito provavelmente, portanto, do ANDRÉ mencionado na planilha", aponta relatório da Polícia Federal. "André Luiz de Oliveira é dirigente do Corinthians, o que justificaria, portanto, a utilização do codinome "Timão"."

O documento da PF destaca ainda Antonio Roberto Gavioli, diretor de Contrato na Odebrecht Infraestrutura, vinculado à obra da Arena do Corinthians. "Segundo a planilha, ele era o contato para o pagamento ao codinome "TIMÃO", em evidente alusão à obra do Corinthians. Foi requisitado o pagamento de R$ 500 mil", sustenta a PF.

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