Vídeo: moradores do Bom Parto alertam para avanço de rachaduras nas casas

Publicado em 01/07/2020, às 07h31
Reprodução -

TNH1 com TV Pajuçara

Moradores do bairro Bom Parto, em Maceió, estão preocupados com o avanço das rachaduras em residências próximas a outros imóveis que integram a área de realocação estabelecida pelo mapa de setorização elaborado pela Defesa Civil Municial e pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

LEIA TAMBÉM

As casas dos reclamantes não estão incluídas na ação para realocar os moradores. A distância de um imóvel considerado comprometido para as residências citadas é de cerca de 10 metros.

"O que nós estamos pleiteando é que como o lado direito está comprometido, e já está no mapa de atualização para realocação, queremos que a junta técnica passe a trabalhar no lado esquerdo onde o número de rachaduras e afundamentos estão acima do normal", disse o líder comunitário Fernando Lima.

Morador do Bom Parto há oito anos, seu Reinaldo reforça o medo diário em habitar um imóvel com danificações. "Cada dia está pior [as rachaduras]. Eu já estou doente, com pressão alta. Já estou vendo o dia que não vou abrir a porta da minha casa mais, porque está afundando", afirmou.

Assista à reportagem na íntegra:

A Defesa Civil explicou que realizou vistorias em algumas unidades e está encaminhando os casos para os serviços públicos necessários, uma vez que o relatório técnico validado pela CPRM aponta que os problemas encontrados na região estão associados à construção em área de aterro e mangue. Leia a nota abaixo:

"A Defesa Civil de Maceió informa que a versão 2 do Mapa de Setorização de Danos foi encaminhada aos órgãos signatários do Termo de Acordo Para Apoio à Desocupação das Áreas de Risco (MPF, MPE, DPU, DPE e Braskem), uma vez que o termo prevê, no parágrafo quinto da quarta cláusula, que havendo atualização do Mapa de Setorização com ampliação do perímetro, as partes discutirão as possíveis medidas a serem adotadas e aguarda posicionamento quanto ao possível atendimento dessa população através do acordo judicial. Além disso, aguarda também resposta quanto a solicitação de recurso ao Governo Federal para que seja ofertada Ajuda Humanitária à população com recomendação de realocação, tendo em vista a necessidade de retirada imediata dessas pessoas devido ao processo evolutivo de subsidência.

Quanto às casas que estão fora do polígono do Mapa de Setorização, a Defesa Civil informa que realizou vistoria em algumas unidades e está encaminhando os casos para os serviços públicos necessários, a exemplo de assistência social e programa habitacional, uma vez que o Relatório Técnico validado pela CPRM aponta que os problemas encontrados na região citada estão associados à construção em área de aterro de mangue sobre a Lagoa Mundaú e não à atividade de mineração".

Já a Braskem informou, também por meio de comunicado oficial, que "está em contato com as autoridades, analisando as medidas necessárias. A empresa continua executando o Programa de Compensação e Realocação dos moradores da zona de desocupação incluídos no acordo firmado com as autoridades em janeiro de 2020".

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Bombeiros controlam incêndios em imóveis na parte alta de Maceió; veja fotos Incêndio causado por curto-circuito destrói residência no bairro Feitosa, em Maceió Corpo encontrado boiando em Praia de Ipioca era de homem que havia ido pescar Banhistas recebem pulseiras de identificação nas praias de Maceió e do Francês