Ana Carla Vieira
O pós-jogo entre CSA e Ituano, que empataram em 2 a 2 no estádio Rei Pelé na noite desse sábado (16), foi marcado por confusão, tumulto e correria nas arquibancadas. Segundo informações de testemunhas, tudo começou depois que um terceiro gol do clube azulino foi anulado pela arbitragem.
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Alguns torcedores teriam ficado inconformados e começaram a lançar objetos em campo. A confusão foi crescendo e balas de borracha foram disparadas pelos militares que estavam no policiamento da partida de futebol.
Veja os vídeos:
Em nota, a Polícia Militar de Alagoas disse que diversos objetos contundentes foram arremessados na direção do campo, do árbitro e também contra os policiais. A PM disse ainda que em um dos casos, durante procedimento de desocupação da arquibancada, um homem de 29 anos foi preso por desacato. "Ele resistiu à ação da PM e também estava entre os que arremessaram objetos. Foi necessária a intervenção do Pelotão de Choque", disse a nota.
Veja, na íntegra:
"A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) vem a público manifestar-se a respeito do ocorrido na noite deste sábado (16), no Estádio Rei Pelé, durante a partida entre CSA e Ituano, válida pela Série C do Campeonato Brasileiro.
Ao final da partida, a PM registrou casos de confusão generalizada dentro e fora da praça esportiva. Durante a intervenção, diversos objetos contundentes foram arremessados na direção do campo, do árbitro e também contra os policiais. Em um dos casos, durante procedimento de desocupação da arquibancada, um homem de 29 anos foi preso por desacato. Ele resistiu à ação da PM e também estava entre os que arremessaram objetos. Foi necessária a intervenção do Pelotão de Choque.
Imagens do circuito de videomonitoramento do estádio mostram claramente aglomerados de torcedores atacando as patrulhas, incitando a violência, arremessando objetos, desferindo socos e pontapés contra os agentes de segurança pública e causando confusão por onde passavam.
Para preservar a integridade física dos militares e das famílias que estavam no local, foi necessário empregar o uso da força, incluindo a utilização de instrumentos de menor potencial ofensivo, como disparos de elastômero, para dispersar os envolvidos e neutralizar o ataque. Os militares feridos receberam atendimento médico no local.
A Corporação lamenta as cenas vistas no estádio e salienta que a paixão pelo futebol deve ser praticada de forma salutar e pacífica. A instituição também entende que a ação criminosa praticada por um grupo de torcedores não representa a totalidade dos alagoanos que torcem por seus times do coração. Do mesmo modo, a Polícia Militar enfatiza que a ação policial deve ser a de realizar a segurança ostensiva e a promoção da paz, empregando a força quando necessário, dentro da proporcionalidade e da legalidade.
As imagens do videomonitoramento serão utilizadas para identificar os agressores e causadores do tumulto. Quanto aos possíveis excessos, serão abertos os procedimentos administrativos disciplinares cabíveis para rigorosa apuração dos fatos. As partes envolvidas serão ouvidas, tendo assegurado o direito constitucional ao contraditório e ampla defesa".
Em nota oficial nas redes sociais o CSA fez cobranças por apuração, em tom de críticas.
"Nossa torcida é o nosso maior patrimônio. O Centro Sportivo Alagoano vem a público exigir que os acontecimentos no estádio Rei Pelé sejam apurados com o maior rigor. O futebol é entretenimento, e a emoção sempre estará em alta. O que se espera do aparato de segurança é o preparo necessário para situações como essa. Não é admissível que torcedores sejam agredidos no maior palco do nosso futebol. Que sejam identificados aqueles que excedem em suas atitudes, mas que sejam preservados os que não tem relação com essa situação. Exigimos providências", publicou o clube.
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