Violência no futebol: um algo mais além das propostas do Ministério Público

É louvável a iniciativa do Ministério Público de Alagoas ao apresentar liminar e propor:

1 . suspensão das torcidas organizadas Mancha Azul, do CSA, e Comando Alvirrubro, do CRB, de comparecer aos estádios de futebol;

2 .suspensão das atividades dos dois grupos por 6 meses;

3 . presença de apenas uma torcida nos jogos de CRB e CSA, também por 6 meses.

É louvável, mas não resolve a questão da violência nos estádios de futebol.

Até porque a violência nos confrontos entre torcedores não se restringe aos estádios.

No final de semana, episódios do tipo ocorreram bem longe, por exemplo, do Traoichão: um confronto entre torcidas dos dois principais clubes de Alagoas ocorreu distante alguns quilômetros do estádio, nas imediações do bairro de Jaraguá; outro, a agressão de torcedores do CSA ao condutor de um veículo que vestia camisa do CRB, mais distante ainda, em Cruz das Almas.

A questão, portanto, exige providências mais objetivas.

O novo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Fernando Tourinho, gosta muito de futebol e tem uma ideia a respeito desse tema.

Sugere o desembargador que, a exemplo do que foi feito na Inglaterra com sucesso, há alguns anos, esses torcedores marginais sejam identificados e, a partir daí, em dias de jogos sejam detidos, para evitar a presença em conflitos, nos estádios ou fora deles.

Lá na Europa deu certo, a violência praticamente acabou.

Por que aqui não daria?