Violência obstétrica: bebê teria caído no chão durante parto no Ceará

Publicado em 11/06/2019, às 14h34
Instrumentos usados no parto em que bebê teria caído no chão, no Hospital de Ubajara, no Ceará. | Arquivo Pessoal -

Com agências

Maria Gisele Letão, de 27 anos, denunciou ter sofrido negligência durante seu trabalho de parto, no hospital municipal de Ubajara, no Norte do Ceará.  Ela assegura que foi deixada sozinha ao dar a luz que o bebê caiu no chão.

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De acordo com a mãe, o recém-nascido pass por exames na última segunda-feira (10), em Sobral, e aparenta estar bem. Gisele relata experiências que se enquadram como violência obstétrica, de acordo com ela, o enfermeiro não acreditou que o bebê estava para nascer e não a auxiliou enquanto solicitava ajuda.

"Quando ele (enfermeiro) entrou lá no quarto, que o neném já tava quase nascendo, ele ainda foi totalmente ignorante, estúpido. Ainda falou: “valha, pra que esse escândalo? Calma, esse bebê não vai nascer tão cedo””, acrescenta Gisele. Nesse momento, Gisele estava ajoelhada por não aguentar as dores, conforme relata. “Eu falei assim: vai nascer, vai nascer aqui no chão mesmo, é? Ele falou: calma, não vai nascer agora não. Só foi o tempo dele fechar a boca, o neném caiu no chão”, diz a mãe.

A paciente fez uma carta direcionada à ouvidoria do hospital relatando o ocorrido e entregou ao diretor no dia seguinte ao parto. A Secretaria de Saúde do município informou que o posicionamento oficial sobre o caso seria fornecido pela direção do hospital.O diretor do Hospital de Ubajara, Bruno Araújo, nega a versão da mãe e assegura que a criança foi aparada pelo enfermeiro em questão, que, segundo o diretor, estava de plantão no dia e acompanhou o trabalho de parto de Gisele.

O vice-prefeito de Ubajara, Adécio Muniz Paiva Filho, publicou nota de esclarecimento sobre o caso em sua página pessoal no Facebook, nesta terça-feira (11). Em vídeo, juntamente com a mãe e o bebê, o vice-prefeito pede desculpas.


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