Eberth Lins
Morreu na manhã desta sexta-feira (12) a mulher que foi sequestrada e torturada por integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) na Grota do Rafael, no bairro Jacintinho, em Maceió.
LEIA TAMBÉM
Rosana dos Santos ficou desaparecida por 24 horas e foi encontrada gravemente ferida na manhã dessa quinta-feira (11), quando foi levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.
A morte de Rosana dos Santos foi confirmada, em primeira mão, pelo delegado Daniel Aquino, em entrevista ao Fique Alerta, da TV Pajuçara.
"Ela havia sido espancada, muito espancada, perdeu alguns dentes inclusive. Não havia marcas de facas, provavelmente ela foi estrangulada, tendo sobrevivido naquele momento, mas em razão da gravidade dos ferimentos ela veio a falecer", informou a autoridade policial.
Antes de Rosana, o companheiro dela, identificado como Anderson Ferreira do Nascimento, de 19 anos, foi morto estrangulado pelo mesmo grupo. A principal linha de investigação é de que as mortes tenham sido motivadas por disputas entre facções que atuam na região.
"O rapaz teria fugido da Grota do Cigano justamente por não participar de nenhuma facção criminosa, porém, quando ele chegou a Grota do Rafael, as pessoas que cometerem esses crimes não acreditaram na versão. Antes de morrer, a Rosana afirmou que eles estavam obrigando a dizer que eles eram realmente batizados na facção oposta", disse o delegado.
Segundo o delegado, os dois moravam na Grota do Cigano e foram morar na Grota do Rafael porque já não eram aceitos no antigo local em que residiam. Os suspeitos do crime, de acordo com o delegado, acusavam o casal de integrar o Comando Vermelho em uma área dominada pelo PCC.
"Eles foram capturados pelos autores tendo em vista que eram acusados de fazer parte da facção Comando Vermelho e no local em que estavam residindo é dominado pelo PCC", explicou.
Conforme a investigação, na ultima quarta-feira (10), as vítimas foram abordadas por cinco pessoas, três homens e duas mulheres, e levadas inicialmente para uma área de mata, onde sofreram tortura.
O casal tem um bebê de um mês, que ficou sob os cuidados da tia, e uma menina de oito anos, essa última quem encontrou a mãe ferida.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue investigando o caso. Os suspeitos ainda não foram localizados. Qualquer informação sobre os supostos autores pode ser fornecida para a polícia através do Disque Denúncia (telefone 181). A ligação é gratuita e o sigilo é assegurado.
LEIA MAIS