Você bebe e dirige? Maceioenses dizem ter largado essa combinação; veja pesquisa

Publicado em 18/06/2016, às 14h03

Redação

O endurecimento da Lei Seca, no ano de 2012, está surtindo efeito entre os motoristas da capital de Alagoas. Segundo a mais recente pesquisa do Ministério da Saúde, o percentual de adultos que admitem beber e dirigir em Maceió teve queda de 53,2%.

LEIA TAMBÉM

No ano passado, 2,9% da população da cidade declararam que dirigiam após o consumo de qualquer quantidade de álcool, contra 6,2% no ano de 2012. Os homens (2,9%) continuam assumindo mais a infração do que as mulheres (0,1%) da capital.

No conjunto das 27 capitais estudadas pela pesquisa, 5,5% dos indivíduos referiram conduzir veículos após o consumo de bebidas alcoólicas contra 7% em 2012 – uma queda nacional de 21,5%.

Assim como foi constatado em Maceió, a proporção nacional é maior entre homens (9,8%) do que entre mulheres (1,8%). Apesar disso, desde o endurecimento da lei seca menos homens têm assumido os riscos da mistura álcool/direção, na média das 27 capitais pesquisadas: a queda foi de 22,2%, entre 2012 e 2015, na população masculina.

Entre as capitais brasileiras, quatro se destacaram com queda superior a 50% nos últimos três anos: Fortaleza (54,1%), Maceió (53,2%), João Pessoa (51,4%) e Vitória (50,7%). Algumas capitais, contudo, apresentaram aumento do número de adultos que referiram assumir o volante após consumir qualquer quantidade de álcool: Cuiabá e Boa Vista apresentaram alta de 15,8% e 13,2%, respectivamente, desde 2012. 

A população adulta de Florianópolis (13%), Palmas (11,9%) e Cuiabá (11,7%) está entre a que mais abusa da combinação álcool e direção. Na contramão, Recife (2,6%), Maceió (2,9%) e Vitória (3,2%) se destacaram com o menor percentual de entrevistados que declararam beber e dirigir. “É cada vez mais notória a importância da Lei Seca em inibir a população brasileira de se arriscar na mistura do álcool com o volante. Agora temos que continuar nessa batalha, principalmente entre os jovens de 25 a 34 anos, que apresentaram o maior índice da infração entre todas as faixas etárias pesquisadas”, declarou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

De acordo com a pesquisa de 2015, 8,7% da população de 25 a 34 anos admitem beber e dirigir. O número é duas vezes maior do que o registrado na população de 18 a 24 anos e quatro vezes maior do indicado em homens e mulheres de 65 anos ou mais. Outro índice importante é o nível de escolaridade: a pesquisa detectou que, quanto maior o grau de instrução, maior é o número de pessoas que assumem o risco.

Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2015) que realizou mais de 54 mil entrevistas nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal. O levantamento é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde. Os dados são coletados e analisados por meio de uma parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP). 

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

TV Pajuçara promove leilão solidário de guitarra autografada pelo Biquini Cavadão Prêmio Master Ademi celebra os destaques do mercado imobiliário alagoano Festa Para Sempre Marista celebra 120 anos de história e reencontros no Colégio Marista Maceió Morre a pesquisadora e ambientalista Anita Studer