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O ego do cinéfilo brasileiro anda inflado do último ano para cá, com as diversas honrarias acumuladas por Ainda Estou Aqui e sua protagonista, Fernanda Torres, nas grandes premiações internacionais.
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Esse entusiasmo volta a se acender agora, por conta do entusiasmo da crítica internacional em torno de O Agente Secreto e da atuação central de Wagner Moura.
Com o filme de Kleber Mendonça Filho já oficialmente escolhido como representante brasileiro no próximo Oscar, torna-se grande a expectativa pela indicação – e vitória – do artista baiano como o Melhor Ator do cinema internacional em 2026.
Quem acompanha mais de perto os desdobramentos do mainstream, entretanto, sabe que Moura tem concorrentes de peso a desbancar na corrida pelo prêmio.
Conheça, a seguir, os principais ‘oponentes’ do astro brasileiro nesta pré-temporada da disputa:
Dwayne Johnson (Coração de Lutador - The Smashing Machine)
O eterno The Rock surpreende público e crítica nesta cinebiografia do lutador Mark Kerr, em um trabalho que lhe exigiu, além de uma inesperada veia dramática, a entrega sem reservas às demandas físicas exigida pelo personagem.
Aplaudido por 15 minutos em sua estreia mundial no Festival de Veneza, Coração de Lutador provou que seu protagonista pode ser muito mais que o astro de blockbusters como Escorpião Rei (2002) e Velozes e Furiosos: Operação Rio (2011).
Timothée Chalamet (Marty Supreme)
Com duas indicações anteriores na bagagem – por Me Chame Pelo Seu Nome (2018) e Um Completo Desconhecido (2024) –, não será surpresa se o ator franco-americano emplacar uma terceira menção ao Oscar de Melhor Ator em 2026.
No longa de Josh Safdie, Chalamet entrega mais uma performance madura e irrepreensível, na pele do traficante de drogas que fez história no tênis de mesa ao deixar a vida criminosa para se tornar campeão esportivo.
Leonardo DiCaprio (Uma Batalha Após a Outra)
DiCaprio no Oscar é uma promessa que demorou a se concretizar. Indicado diversas vezes ao prêmio, logrou-o de fato uma única vez, em 2016, por sua atuação em O Regresso (2015).
Há quem aposte, entretanto, que o papel do ex-revolucionário Bob Ferguson, às voltas na missão de resgatar a filha de um grupo de desafetos do passado, pode colocá-lo novamente na corrida pela estatueta de Melhor Ator – e com boas chances de levá-la uma segunda vez para casa.
Jeremy Allen White (Springsteen: Salve-me do Desconhecido)
O astro da série O Urso entrega uma atuação “totalmente convincente em todos os aspectos”, nas palavras do portal Deadline, na cinebiografia do lendário músico Bruce Springsteen – um dos mais entusiasmados elogiadores de sua performance.
Unanimidade entre os críticos, White tem alta probabilidade de indicação ao Oscar – o que, caso se concretize, deve transformá-lo no mais ferrenho rival de Wagner Moura pela estatueta.
Michael B. Jordan (Pecadores)
Os papéis dos gêmeos Stack e Smoke no terror de Ryan Coogler rendeu muitos aplausos ao filho de Michael Jordan, que chegou a ser premiado com o Critics Choice Super Awards deste ano por sua atuação.
Resta saber se esse reconhecimento se repetirá entre a Academia.
Jesse Plemons (Bugonia)
Yorgos Lanthimos é um diretor que tem afinidade com o Oscar – e esta tendência já parece se renovar com Bugonia, novo filme do cineasta grego.
Plemons é um dos muitos pontos elogiados do longa, na pele de um conspiracionista paranoico, convencido de que a empresária interpretada por Emma Stone seria, na verdade, uma alienígena determinada a dominar o planeta.
Daniel Day-Lewis (Anêmona)
A Academia costuma ser simpática ao retorno de grandes atores que estavam retirados – o que, somado à qualidade de sua interpretação neste drama psicológico, pode favorecer Day-Lewis na corrida pela estatueta.
Entretanto, o exemplo recente de Demi Moore – que chegou a ser favorita, mas não venceu como Melhor Atriz por A Substância – prova que essa receita não é infalível. Resta aguardar.
Brendan Fraser (Família de Aluguel)
O rótulo de galã de blockbusters é passado na carreira de Fraser. Nos últimos anos, ele vem se destacando como um visceral ator dramático em filmes como A Baleia (2022) – que, inclusive, rendeu-lhe sua primeira estatueta do Oscar.
Embora menos denso que o trabalho anterior, Família de Aluguel oferece uma gama de intensas possibilidades dramáticas e artísticas, que o ator explora muito bem em sua leitura do personagem.
George Clooney (Jay Kelly)
Clooney abraça sem reservas a proposta reflexiva e metalinguística do filme escrito e dirigido por Noah Bumbach, sobre um galã de cinema em crise com a chegada de maturidade e com a própria essência da carreira que o consagrou.
Mesmo entre tantos favoritos, ele pode tranquilamente aparecer entre as indicações da Academia para Melhor Ator de cinema em 2025.
Brad Pitt (F1)
O drama esportivo de Joseph Kosinski foi sensação nos cinemas deste ano, logrando também boas avaliações da crítica.
A atuação de Pitt como o protagonista definitivamente foi um dos acertos da obra. Com elogios até de profissionais do ramo da Fórmula 1, não será surpresa se o ator – já bastante conceituado entre os votantes do Oscar – figurar entre os cinco finalistas ao prêmio de Melhor Ator do ano.
Daniel Craig (Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out)
O último James Bond do cinema retorna ao papel do detetive Benoit Blanc no terceiro título da franquia de mistério, inaugurada com o ótimo Entre Facas e Segredos (2019).
Numa atmosfera mais sombria que a de seus precursores, Vivo ou Morto oferece a Craig a possibilidade de levar o personagem a um novo patamar – que ele aproveita muito bem em cena.
Oscar Isaac (Frankenstein)
A revisitação de um clássico nas mãos de um conceituado diretor (Guillermo del Toro) raramente passa incólume aos olhares da Academia – e esta nova versão do personagem de Mary Shelley não deve ser a exceção.
Mais do que a performance de Jacob Elordi como o monstro do título, é Isaac quem acaba roubando a cena na pele de um atormentado Victor Frankenstein, concebedor da criatura a quem mais tarde se arrependerá amargamente de ter dado vida.
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