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Qualidade de vida pós tratamento contra o câncer da mama

27/10/23 - 14h07
Para Renata, exercício físico é uma das "armas" contra o câncer | Foto: Arquivo pessoal

“Passada a fase mais crítica do tratamento, agora sigo no monitoramento. Faço tomografia, ressonância e outros exames periodicamente para acompanhar. Por causa do tipo do câncer que tive, para reduzir as chances de uma volta da doença, fiz outra cirurgia, retirando útero, trompas e ovários. Também não posso tomar os comprimidos. Ainda não posso dizer que estou curada, preciso ficar mais três anos “livre. Meus remédios nessa luta são alimentação balanceada, exercício físico e fé”.

O depoimento é da jornalista Renata Pais, diagnosticada, em junho de 2019, com câncer de mama triplo negativo, um dos mais agressivos, aos 41 anos de idade. Ela fez cirurgia, quimioterapia e radioterapia, concluindo esse processo em março de 2020 e destaca que a luta contra o câncer de mama continua e um dos objetivos dessa etapa é a qualidade de vida após o tratamento.

As oncologistas Flávia Alencar e Vanessa Teixeira destacam a importância do acompanhamento de uma equipe multiprofissional durante e após o tratamento. “As pacientes passam por uma série de sequelas físicas e psicológicas. O acompanhamento de uma equipe multiprofissional, com nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta promove a reabilitação dessa paciente para uma vida normal”, explica Flávia Alencar.

“Precisamos romper esse tabu que o câncer é uma sentença para sempre. “Sabemos que esse pós-câncer não é tão fácil quanto parece. A medicina continua evoluindo muito e esse acompanhamento multiprofissional auxilia nas questões estéticas e até na sexualidade”, complementa a médica Vanessa Teixeira.

Drª Flávia Alencar e Drª Vanessa Teixeira: a importância de uma equipe multiprofissional durante e pós o tratamento do câncer

Prevenção e chances de cura

Pesquisas de entidades brasileiras apontam que mais de 90% das pacientes ainda estarão vivas após dez anos e cerca de 50% das pacientes vão sofrer com uma sequela física, com impacto na vida diária, 30% têm stress emocional, como ansiedade ou depressão, e 20% têm dificuldades para voltar ao trabalho, quatro anos depois do tratamento.

“Para as pacientes que possuem alteração genética, o tratamento também incluiu o encaminhamento para um médico geneticista para que seja feita uma pesquisa sobre o fator genético. Mas esses casos acontecem em menor proporção”, orientam as oncologistas da Oncoclínica.

Cerca de 80% das pacientes têm câncer de mama hormônio positivo e devem tomar um comprimido de hormonoterapia de 5 a 10 anos para aumentar as chances de cura e prevenir a recidiva.

Serviço

TNH1, reconhecendo a importância de campanhas de conscientização e para levar mais informação, durante este mês, em parceria com a Oncoclinica e a Unima Afya, realiza a série "Cores da Prevenção: Outubro Rosa" uma série de reportagens sobre câncer de mama, com o relato real de uma alagoana que segue na luta contra a doença, e muita informação especializada. 

Na Oncoclínica, pacientes em tratamento contra o câncer recebem tratamento humanizado, com equipe multiprofissional.

A Unima/ Afya disponibiliza orientação jurídica e atendimento gratuito para a comunidade em sua clínica de saúde.