16ª Mostra Sururu chega ao fim com homenagem e premiações, confira a lista dos vencedores

Publicado em 16/12/2025, às 15h43
Fotos: Benita Rodrigues
Fotos: Benita Rodrigues

Por Assessoria

Com homenagem à atriz  alagoana Aline Marta Maia, bate-papo sobre cinema, premiação a filmes e videoclipes, música, encontros, celebrações e o tradicional caldinho de sururu, a 16ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano chegou ao fim neste domingo (14). Os filmes  estarão disponíveis no site da mostra de 15 a  20 de dezembro: https://mostrasururu.com.br/festival/16a/mostras/mostra-online/
Este ano, o evento teve como tema “Trama Alagoana” para  enfatizar as muitas linhas que se cruzam nos enredos e na construção do audiovisual, vindos de diferentes lugares do estado de Alagoas. O público votou nos destaques da mostra, contribuindo para a escolha dos prêmios de Melhor Filme pelo Júri Popular e Melhor Videoclipe pelo Júri Popular.
A diretora geral da Mostra, Renata Baracho, destacou o caráter coletivo do evento, que desde sua criação é pensado e realizado também por quem faz vários dos filmes exibidos na programação. Para ela, esse modelo é parte da identidade da Mostra e explica sua força ao longo dos anos. 
“A Sururu nasceu assim: feita por realizadores, sem dono ou dona. Ela é de todo mundo”, afirmou. Nesta edição, a produção ficou a cargo da Casa Mutum, o que, segundo Renata, foi motivo de alegria, especialmente por se tratar de um evento que mobiliza espontaneamente o público. 
A homenageada da edição, a atriz alagoana Aline Marta Maia, destacou a emoção e a importância do reconhecimento recebido em sua terra natal. Segundo ela, a homenagem na 16ª Mostra Sururu carrega um significado especial, por se tratar de um evento que se consolidou como vitrine do cinema produzido em Alagoas.
“É uma honra muito grande. Estou muito feliz e, ao mesmo tempo, um pouco constrangida, porque é estranho receber esse tipo de reconhecimento, ainda mais aqui”, afirmou, ressaltando que os prêmios representam o destaque de um trabalho feito com prazer e dedicação.
Aline tem atuado em diversas produções alagoanas e nacionais, este ano, foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante no 53º Festival de Cinema de Gramado (2025). A atriz também enfatizou o papel fundamental da Mostra para o fortalecimento do audiovisual alagoano, lembrando o crescimento recente da produção local.
Ao longo da Mostra, o público pode conferir uma programação pulsante, com sessões de filmes, debates, mesa temática, videoclipes, atividades formativas, cerimônia de homenagem e  encerramento.
Mantendo seu compromisso com a acessibilidade, a 16ª Mostra Sururu contou com LSE (legendagem descritiva para surdos e ensurdecidos) e audiodescrição em todos os filmes, além de intérprete de Libras nas demais atividades.
Premiações
A premiação consagrou produções e profissionais do cinema alagoano em diversas categorias. O Prêmio de Melhor Clipe pelo Júri Popular foi concedido a “Pra Quando”, assinado por Lugar Algum, enquanto o Melhor Clipe pelo Júri Oficial ficou com “Toada a Galope”, de Tarcísio Ferreira, que também recebeu, além do troféu, cinco diárias de aluguel de equipamentos de câmera oferecidas pela produtora alagoana Feliz Deserto.
Na categoria Melhor Filme pelo Júri Popular, o vencedor foi “Santo Errado”, de Daniel Ricardo, que garantiu ainda um ano de distribuição por meio da Selva Independente. “Eu falar que a gente que vive no interior do Nordeste não tem nenhum curso técnico, nem faculdade de cinema precisa de ambientes como o Sesc e esse espaçp que são a única forma de fazer cinema e aprender”, destacou Daniel. 
Já o Prêmio Olhar Crítico Elinaldo Barros, oferecido pelos integrantes do Laboratório de Crítica Cinematográfica, ficou com o filme “Guia”, de Tarcísio Ferreira. E o Prêmio Anita das Neves de Atuação, que celebra grandes performances do cinema local, teve como vencedora a atriz Diva Gonçalves, por “Deyse Ex Machina”. 
O júri oficial também concedeu duas menções honrosas: a primeira para “Maceió é Massacrada”, de Vivian Drielli, e a segunda para “Guia”, de Tarcísio Ferreira, destacando a relevância e a diversidade das produções exibidas.
Entre as categorias técnicas e artísticas, Gabriel Moreira venceu o prêmio de Melhor Direção de Fotografia por “Maninho”, enquanto Rebeca de Melo foi premiada pela Melhor Direção de Arte em “O Primo Holandês”. 
O prêmio de Melhor Som ficou com Léo Bulhões, por “Ajude os Menor”, e o de Melhor Montagem foi concedido a Paulo Silver, por “Logger”. Já o prêmio de Melhor Atuação foi para Diva Gonçalves, por sua performance em “Deyse Ex Machina”.
O prêmio de Melhor Roteiro foi entregue a Pally, por “Tapando Buracos”, com direito a consultoria em desenvolvimento de projeto audiovisual oferecida pela Caranto Media. Na categoria Melhor Direção, o troféu foi concedido a Janderson Felipe e Lucas Litrento, pelo filme “Ajude os Menor”.
Encerrando a noite, o Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Oficial foi atribuído a “O Mapa em Que Estão os Meus Pés”, de Luciano Pedro Jr. Além do troféu, o vencedor recebeu um prêmio de cinco mil reais em aluguel de equipamentos, oferecido pelo Estúdio Nova Jangada, consolidando o reconhecimento à produção como destaque da edição.
Luciano enfatizou que o espaço foi um marco na sua formação. Segundo ele, o evento foi fundamental para despertar a possibilidade de fazer cinema em Alagoas. “Eu era adolescente quando comecei a frequentar a Sururu e foi aqui que vi a possibilidade real de se fazer cinema. É um evento construído por realizadores, para que a gente possa ver nossos trabalhos e reconhecer as paisagens de Alagoas”, afirmou, destacando ainda a alegria de conquistar o prêmio em sua primeira experiência como diretor.

Gostou? Compartilhe