O risco de overtraining, termo usado para definir o excesso de treinos, pode ser reduzido com ajustes simples na rotina, como seguir protocolos de descanso e recuperação. Esses cuidados, segundo o fisioterapeuta esportivo Matheus Lima, do Grupo Kalin, são fundamentais para preservar a saúde muscular e garantir resultados duradouros. Praticar atividades físicas de forma intensa e sem o devido descanso pode causar queda no desempenho, fraqueza muscular e maior predisposição a lesões.
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“A performance só melhora quando há estímulo e recuperação. O corpo precisa desse ciclo para se adaptar e evoluir. Sem descanso, não há progresso, apenas desgaste”, destaca o especialista, que reforça que a prevenção é sempre o melhor caminho: “Muitas lesões poderiam ser evitadas se houvesse mais atenção ao descanso e à recuperação. Cuidar do corpo é o verdadeiro segredo para resultados consistentes”.
A seguir, confira as principais recomendações do fisioterapeuta para evitar o overtraining!
Treinar todos os dias, sem pausas, é um dos principais gatilhos para o overtraining. O ideal é alternar treinos intensos com dias de recuperação ativa, como caminhadas leves ou alongamentos.
Dormir entre 7 e 9 horas por noite ajuda na regeneração muscular e no equilíbrio hormonal. O estudo “The effect of acute sleep deprivation on skeletal muscle protein synthesis and the hormonal environment“, publicado na revista científica Physiological Reports, aponta que uma única noite sem dormir pode:
Planejar ciclos de intensidade, variando carga, volume e tipo de exercício, permite evolução segura e contínua, sem sobrecarregar músculos e articulações.

Fadiga persistente, dor muscular que não melhora e quedas de desempenho são indícios de que é hora de desacelerar. Ignorar esses sinais pode agravar lesões.
A reposição adequada de proteínas, carboidratos e micronutrientes é essencial para a recuperação. Deficiências nutricionais aumentam o risco de inflamações e dores.
Treinar com orientação de fisioterapeutas e educadores físicos ajuda a identificar limites individuais e a evitar erros que podem levar à sobrecarga.
Por Beatriz Pinheiro
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