No Ano-Novo, é tradição para muitas pessoas consumir lentilha como um símbolo de sorte, fartura e prosperidade para o ciclo que se inicia. Além do significado cultural, essa leguminosa também se destaca pelos benefícios à saúde, já que reúne uma combinação importante de nutrientes. Ela é rica em vitaminas, fibras, proteínas e zinco, contribuindo para o bom funcionamento do organismo.
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A seguir, confira 8 benefícios da lentilha para a saúde!
Os nutrientes presentes na lentilha, como fibras, folato e potássio, são benéficos para a saúde do coração. As fibras ajudam a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL), enquanto o folato diminui os níveis de homocisteína no sangue (um aminoácido que pode prejudicar a parede das artérias). O potássio, por sua vez, contribui para a manutenção da pressão arterial e auxilia no bom funcionamento dos músculos e nervos.
Isso é importante principalmente porque, segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares associadas ao colesterol alto estão entre as principais causas de mortes no mundo. Ainda conforme o órgão, anualmente, cerca de 360 mil brasileiros morrem em decorrência dessas condições.
A lentilha tem poucas calorias e é rica em proteínas e fibras. Conforme a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), da Universidade de São Paulo e da Food Research, 100 g da leguminosa cozida oferece 7,30 g de proteína e 6,44 g de fibras.
Esses são dois nutrientes essenciais para quem busca perder peso. Enquanto as fibras promovem a sensação de saciedade, evitando o consumo excessivo de alimentos, as proteínas preservam a massa muscular, garantindo que a maior parte do peso perdido seja gordura, e não músculo.
Por conter polifenóis, compostos antioxidantes conhecidos por combater os radicais livres no corpo, a lentilha é um excelente alimento para retardar o envelhecimento, já que protege as células contra danos oxidativos. Além disso, a vitamina C presente em sua composição ajuda a manter a produção de colágeno, uma proteína que mantém a pele firme e elástica.
Incorporar lentilha na alimentação pode ser uma maneira eficaz de ajudar na prevenção da anemia, graças ao seu conteúdo rico em ferro, um componente essencial da hemoglobina, a proteína dos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. Segundo a TBCA, 100 g da leguminosa cozida oferece 1,75 mg do nutriente.
A deficiência de ferro — mais conhecida, em sua forma avançada, como anemia ferropriva — é uma condição que afeta cerca de 30% das mulheres brasileiras, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2022.

Embora a lentilha não seja tão conhecida por seu impacto direto na saúde óssea como outros alimentos, ela fornece vários nutrientes que desempenham papéis importantes na manutenção e fortalecimento dos ossos, como o magnésio e a vitamina D, que favorecem a absorção de cálcio e ajudam a reduzir o risco de fraturas.
Isso é importante principalmente porque, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50 anos sofrerão com alguma fratura osteoporótica ao longo da vida.
A lentilha é uma boa fonte de vitamina B6, que desempenha um papel importante na síntese de neurotransmissores e na regulação hormonal. Durante a TPM (tensão pré-menstrual), os níveis desse nutriente podem ajudar a regular os níveis de serotonina e outros neurotransmissores, melhorando o humor.
Conhecida por ser uma aliada importante no controle do diabetes, a lentilha tem um índice glicêmico relativamente baixo, o que significa que pode não causar picos elevados nos níveis de açúcar no sangue após as refeições.
Atualmente, estima-se que cerca de 17 milhões de pessoas no Brasil vivem com diabetes, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse número vem crescendo anualmente devido ao envelhecimento populacional, ao aumento do sobrepeso e da obesidade, além de hábitos de vida pouco saudáveis.
Fonte de ferro, zinco, vitaminas do complexo B e folato, a lentilha pode favorecer também a saúde cognitiva. Isso porque esses nutrientes contribuem para a oxigenação do cérebro, a comunicação entre os neurônios e a manutenção da memória, do foco e da concentração, ajudando a prevenir o declínio cognitivo e a demência.