Polícia

“A nossa luta até aqui era provar que ele não era bandido”, diz esposa de Marcelo Leite

Teresa Cristina | 07/02/23 - 18h32

Após a Polícia Civil informar em coletiva de imprensa que concluiu o inquérito que investigava a morte de Marcelo Leite e descartar a existência de uma arma de fogo dentro do carro da vítima, a família do empresário disse estar aliviada.

“A nossa luta até aqui era provar que ele não era bandido, que ele não tinha arma. A gente queria limpar o nome dele. Ele era extremamente pacífico”, afirmou Bruna Maria, esposa de Marcelo.

Bruna informou que depois da morte do marido, a família buscava respostas para a versão dos militares de que Marcelo havia atirado na guarnição, quando foi atingido por um tiro de fuzil. “Nossa briga nunca foi por vingança, sempre queríamos provar que meu marido foi vítima. Nunca teve problema com a Polícia, nunca teve uma arma. Ele estava passando por bandido. Agora, claro, que nada traz o Marcelo de volta, mas isto traz um alívio para a gente”, colocou Bruna.

O pai de Marcelo, Thales Leite, também reiterou o alívio da família com a conclusão do inquérito. “Hoje todas as alegações dos policiais militares caíram por terra. Eu não poderia deixar meu filho morrer e ser difamado desta forma. Marcelo era um menino do bem, trabalhador, excelente marido, excelente filho, excelente pessoa. Marcelo tinha muitos amigos, querido por todos”, colocou.

O pai de Marcelo agradeceu a atuação da Polícia Civil e da Perícia. “Queria enaltecer o trabalho que a Polícia fez, bem como a perícia. Quero agradecer também a toda a sociedade que nos apoiou nesta luta por Justiça. A saudade é muito grande, mas hoje recebemos uma pequena alegria, um sopro de alento. Ele nos foi tirado num ato de arrogância, prepotência e vaidade de policiais que conduziram a operação da pior maneira possível, cometendo fraude processual e excessos de todos os tipos”, finalizou o pai do empresário.

O caso - O empresário Marcelo Leite foi atingido por um tiro de fuzil durante uma abordagem policial na cidade de Arapiraca no dia 14 de novembro do ano passado. O disparo foi efetuado por um militar do 3º Batalhão da PM.