O economista Abraham Weintraub anunciou hoje sua saída do Ministério da Educação. "Agradeço a todos de coração, em especial ao presidente Jair Bolsonaro, o melhor Presidente do Brasil! Liberdade!", escreveu.
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Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 18, 2020
O melhor Presidente do Brasil!
LIBERDADE!https://t.co/zYLGh4hntI
Em pouco mais de um ano à frente do MEC (Ministério da Educação), o economista Abraham Weintraub, demitido hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), acumulou derrotas no Congresso Nacional.
Em fevereiro deste ano, a MP da ID Estudantil, que permitia a emissão de carteirinhas estudantis pelo governo, perdeu a validade sem nem sequer ter sido discutida pelos parlamentares. Os deputados se queixaram de falta de diálogo com o ministro.
A emissão das carteirinhas pelo governo aconteceu em ofensiva a entidades estudantis como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e foi fortemente defendida por Weintraub.
Em mais uma derrota para o ministro, o MEC e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) decidiram, em maio deste ano, adiar a aplicação do Enem devido à pandemia do novo coronavírus.
Apesar da crise sanitária e da suspensão das aulas presenciais, Weintraub vinha defendendo a manutenção das datas e associou os pedidos de adiamento à "esquerda". A decisão pelo adiamento do Enem deste ano aconteceu após um projeto de lei que previa o adiamento do exame ser aprovado em decisão quase unânime no Senado -o único contrário à medida foi o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Na semana passada, uma MP que dava a Weintraub o poder de escolher reitores de instituições federais de ensino durante a pandemia foi editada por Bolsonaro. A medida teve forte repercussão negativa e o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), devolveu o texto ao Executivo. Bolsonaro então revogou a MP.
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