Acusado de estupro, Jobson deixa cadeia após 69 dias

Publicado em 02/09/2016, às 22h04

Por Redação

Jobson vai voltar a ver o mundo fora de uma cela. O juiz Ricardo Gagliari, da comarca de Colméia, a 206 km de Palmas, decretou a liberdade provisória ao ex-jogador, que ficou 69 dias preso por suspeita de estupro de vulnerável.

O magistrado estabeleceu algumas condições para soltar Jobson. Além do pagamento de fiança no R$ 22 mil, o ex-atacante não poderá manter contato com as vítimas, nem frequentar bares e boates. Liberado, ele voltou para a chácara onde vive com a família em Couto Magalhães. 

Entre outras medidas, Jobson não poderá se ausentar da comarca sem autorização do juiz e estar em casa as 19h e às 6h. Nos domingos e feriados, ele não poderá deixar o local. O ex-atacante também deve atender aos chamados judiciais quando for intimado. Se ele descumprir algumas das ordens, voltará a prisão. 

O CASO

De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem resolveu procurar a polícia depois que Jobson divulgou uma foto da jovem de 14 anos nua depois de uma relação sexual. Incomodada com os insultos, ela teria sido ameaçada pelo atacante. No começo do ano, Jobson havia sido preso, no Pará, por dirigir embriagado e resistir à prisão.

A prisão aconteceu na mesma chácara, após ordem decretada pelo juiz da Comarca de Conceição do Araguaia, Marcos Paulo Sousa Campelo, no dia 23 de junho. Jobson não teria oferecido resistência à detenção.

CARREIRA CONTURBADA

Nascido na cidade paraense de Conceição do Araguaia, o jogador atualmente está sem clube e passou por Brasiliense, Botafogo, Atlético-MG, Bahia, Barueri, São Caetano, Jeju United, da Coreia do Sul, e Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

A última prisão é mais um capítulo da conturbada trajetória de Jobson, que surgiu como grande promessa no futebol brasileiro, mas se perdeu com polêmicas fora de campo e ao ser suspenso por mais de uma vez por uso de doping.

A Fifa aplicou no ano passado uma dura suspensão de quatro anos a Jobson, em pena imposta ao jogador após a recusa do atacante em realizar exame antidoping quando estava no Al-Ittihad, da Arábia Saudita, entre 2013 e 2014. Antes disso, ele havia sido suspenso por quatro anos pelo Comitê Antidoping da Arábia em abril de 2014, após se recusar a passar por antidoping, mas esta punição inicialmente só tinha validade na Arábia, antes de a Fifa suspendê-lo mundialmente.

Jobson está proibido de realizar qualquer atividade relacionada ao futebol até 31 de março de 2018. Punido pela Fifa, o atacante chegou a entrar com um recurso junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), mas o apelo foi rejeitado pelo máximo tribunal esportivo.

Antes desta punição, ele recebeu outras duas punições por doping no Brasil. A primeira, de dois anos, ocorreu após um exame apontar uso de cocaína em 2009, quando defendia o Botafogo. Na época, ele assumiu ser consumidor de crack e foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em seguida, em nova audiência, a defesa do jogador conseguiu reduzir a pena para apenas seis meses de suspensão, o que permitiu que voltasse a atuar a partir de 20 de julho de 2010.

Gostou? Compartilhe