O julgamento da advogada gaúcha Janadaris Sfredo, acusada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) de ser a mandante do assassinato do também advogado, o alagoano Marcos André de Deus Félix, à época com 40 anos de idade, teve início no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió, na manhã desta quinta-feira (14).
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Marcos André foi surpreendido por dois homens armados no dia 14 de março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. Ele foi atingido por tiros e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE). Depois, o advogado foi transferido para o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), onde foi tratado por duas semanas, antes do falecimento. O atentado teria sido motivado por uma disputa judicial de reintegração de posse do imóvel.
Em entrevista ao TNH1, o assistente de acusação, Roberto Moura, afirmou que espera a condenação de Janadaris Sfredo por homicídio qualificado com duas qualificadoras. "A acusação espera que ela seja condenada em cima das duas qualificadoras, seja pelo motivo fútil, considerando a questão da reintegração de posse do imóvel, que era a questão da desavença da Janadaris com o Marcos André, e também que ela seja condenada diante da questão da qualificadora da emboscada", destacou.
"Ademais, a defesa da acusação através do Ministério Público e dessa assistência de acusação acredita piamente que ela também vai sofrer as agruras de agravante referente ao crime ter sido feito mediante 'paga-promessa', diante do crime ter sido pago, dois mil reais para os executores, que inclusive existem extratos de transferência de depósito referente a esses dois mil reais. [os executores] Já foram condenados e agora quem está no banco dos réus é a Janadaris. Hoje é o dia para saber se os juízes da causa, que são o corpo de jurados, os sete jurados que aqui se encontram, se ela vai ser considerada culpada ou inocente", acrescentou.
A defesa da ré foi procurada pelo TNH1, assim como a própria Janadaris Sfredo, mas não quiseram se manifestar antes do julgamento.
O juiz Geraldo Amorim, que está à frente do júri, destacou que 12 testemunhas devem ser ouvidas ao longo do dia.
Entenda o caso
Marcos André e Janadaris Sfredo tiveram uma desavença devido a uma ação de reintegração de posse de imóvel (uma pousada). A disputa teve decisão farovável para o alagoano que, com a ordem de despejo em mãos, esteve na pousada para retirar pessoas do local. Janadaris era advogada do dono da pousada, até então.
Por vingança, ela teria contratado duas pessoas e ordenado a morte do alagoano mediante a quantia de R$ 2 mil. Os executores já estão presos.
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