Advogado citado em carta de servidora do TRT pode ou não existir

Publicado em 21/03/2016, às 13h54

Por Redação

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) iniciou, na manhã desta segunda-feira (21), a investigação das mortes de Cristiane Alves da Silva, 46 anos, e da filha, Débora Louise Alves Cordeiro, de apenas 12 anos. A mulher teria matado a menina e, em seguida, se suicidado, na madrugada do último sábado (19), dentro de casa, no bairro do Farol, em Maceió.

Segundo o delegado Antônio Henrique Pinto de Farias, da Delegacia de Homicídios, que foi designado nesta manhã para presidir o inquérito, o primeiro passo da investigação será analisar o teor da carta deixada por Cristiane. Ela cita um suposto advogado que teria lhe emprestado a arma do crime, mas para o delegado essa pessoa pode nem mesmo existir.

“É uma questão muito subjetiva. Esse advogado que ela teria citado na carta pode ou não existir. Como ela não estava em sã consciência, é possível que seja até uma invenção. Mas tudo isso será analisado com o andar das investigações”, ressalta.

Antônio Henrique disse que irá se reunir com a equipe de peritos do Instituto de Criminalística para avaliar o conteúdo da carta e analisar se o advogado citado realmente existe, se há possibilidade de ele ter algum tipo de envolvimento no crime, e até se foi realmente Cristiane quem escreveu a carta. "Caso haja comprovação da participação - mesmo que indireta desse advogado - ele pode responder pelo crime de auxílio ao suicídio, com pena de dois a seis anos”, diz.

De acordo com o delegado, como Cristiane estaria passando por problemas psiquiátricos, será analisado também se a pessoa que teria cedido a arma sabia ou não do seu estado de saúde emocional.

Com um prazo de conclusão do inquérito policial de um mês, o delegado disse também que ainda esta semana familiares, amigos e conhecidos das vítimas devem ser ouvidos.



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