Alagoas é alvo em operação nacional contra fraudes milionárias no setor de combustíveis

Publicado em 19/09/2025, às 17h59
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Por TNH1 com Receita Federal

A Receita Federal deflagrou nesta quinta-feira (19) a Operação Cadeia de Carbono, que teve Alagoas como um dos principais focos de fiscalização. O estado integra a lista das cinco unidades da Federação onde foram realizadas diligências simultâneas para apurar irregularidades na importação e comercialização de combustíveis, petróleo e derivados.

A ofensiva busca desarticular organizações criminosas que utilizam interposição fraudulenta para ocultar os verdadeiros importadores e a origem dos recursos financeiros, prática que sustenta crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal.

No total, 11 alvos foram inspecionados em Alagoas, Paraíba, Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo. Em todos os locais, as equipes da Receita Federal avaliaram a estrutura e a capacidade operacional das empresas, coletaram documentos, ouviram responsáveis e verificaram requisitos para a concessão de benefícios fiscais federais e estaduais.

A ação mobilizou 80 servidores da Receita Federal, com apoio de 20 viaturas em solo, além de uma aeronave operacional e um helicóptero de vigilância avançada, que garantiram suporte logístico e acompanhamento tático em tempo real.

Segundo as investigações, há indícios do envolvimento de laranjas, grupos empresariais de grande porte e organizações criminosas que montam cadeias contratuais complexas para esconder os verdadeiros responsáveis e os fluxos financeiros das operações.

Já foram retidas cargas avaliadas em aproximadamente R$ 240 milhões, incluindo petróleo, combustíveis e hidrocarbonetos, de dois navios que tinham como destino o Rio de Janeiro.

Os próximos passos da Receita Federal incluem aprofundamento das auditorias, rastreamento de contratos e documentos de importação, análise detalhada dos fluxos financeiros e identificação dos beneficiários finais. Uma Instrução Normativa também será publicada nos próximos dias para reforçar as regras de controle e fiscalização da importação de combustíveis e hidrocarbonetos.

Com a operação, a Receita busca assegurar a conformidade das importações, proteger a concorrência leal, garantir a arrecadação tributária e preservar a integridade do comércio exterior brasileiro.

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