Desde que as primeiras vítimas surgiram com sintomas de doenças até então desconhecidas da população alagoana, pouco se sabe sobre o número preciso de enfermos no Estado.
Números da Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas (Sesau) dão conta de que no período de janeiro até outubro deste ano 12 casos de Chikungunya, 11 deles no município de Major Izidoro e um em Arapiraca. A preocupação, no entanto, é que no caso de um possível surto da doença, apenas um médico especialista no Estado teria condições de atender os casos.
A afirmação é de um dos clínicos que atende do Hospital Hélvio Auto, referência na área de infectologia, Gilberto Lima. Ele também diz que o problema pode crescer exponencialmente, caso as condições de vida da população, principalmente das que vivem em bairros próximos a córregos, não melhore.
"A quantidade de mosquitos em bairros próximos a orla lagunar é imensa, não há como controlar a proliferação", explicou Gilberto Lima.
Considerado menos grave mas muito incômodo, o Zyca vírus também tem atingido parcelas consideráveis da população, no entanto, poucas buscam ajuda nos postos de atendimento. Vítima da doença há algumas semanas, a dona de casa Audinete Gomes Vieira, de 62 anos, comenta que o medo é de adoecer novamente. "Não foi fácil pois as articulações doem muito, mal conseguia andar", disse.
Só em 2015, 13 casos foram confirmados através de exames: um em Arapiraca, sete na Capital, três em Colônia Leopoldina, um em Maribondo e três em Mata Grande. "No Interior do Estado, a falta d"água obriga muitos moradores a armazenar líquido em casa, de maneira artesanal, o que aumenta ainda mais a procriação de larvas", acrescentou o médico especialista.
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