Alagoas registra menor nível de pobreza da história, aponta IBGE

Publicado em 03/12/2025, às 14h49
Agência Alagoas
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Por Agência Alagoas

Alagoas alcançou a menor taxa de pobreza da sua história em 2024, com 40,9%, uma redução significativa em relação aos 60,5% registrados em 2012, refletindo um avanço nas condições socioeconômicas do estado.

Entre 2022 e 2024, a pobreza caiu 13 pontos percentuais, beneficiando 416 mil pessoas, com a taxa de extrema pobreza também diminuindo de 14,2% para 6,8%, destacando a eficácia das políticas sociais implementadas.

O governo estadual atribui essa queda a programas como Alagoas Sem Fome e Cartão Cria, e recebeu reconhecimento nacional por suas ações, com planos de intensificar iniciativas de emprego e educação para continuar a redução das desigualdades.

Resumo gerado por IA

Alagoas registrou a menor taxa de pobreza da história em 2024, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o documento Síntese de Indicadores Sociais do órgão, no ano passado o nível de pobreza no estado era de 40,9% – o menor da série história iniciada pelo órgão 2012. Naquele ano, a taxa de pobreza era de 60,5%, o que representa uma retração de 20,4 pontos percentuais no período.

Somente entre 2022 e 2024 – período do governo Paulo Dantas –, o nível de pobreza em Alagoas registrou uma queda de 13 pontos percentuais, saindo de 53,9% para 40,9%. Em números absolutos, 416 mil alagoanos deixaram a pobreza nesse período.

O IBGE usa os parâmetros propostos pelo Banco Mundial para definir situação de pobreza e de pobreza extrema. Na primeira, é enquadrada a população com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 por dia, ou R$ 694 mensais. Já a extrema pobreza considera a população com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 2,15 por dia, ou R$ 218 por mês.

Entre 2015 – quando Alagoas registrou a maior taxa de extrema pobreza da história, com 14,2% – e 2024, o índice nessa classe recuou 7,4 pontos percentuais, chegando a 6,8%. Trata-se da terceira maior retração do País, ficando atrás apenas do Pará, que reduziu 7,5p.p. e empatando com o Amapá (7,4p.p.).

A queda da pobreza no estado está ligada diretamente aos programas sociais implantados pelo Governo do Estado, entre eles o Alagoas Sem Fome, que coordena ações intersetoriais de combate à insegurança alimentar; o Leite do Coração, que distribui leite a gestantes, nutrizes e crianças; e o Cartão Cria, que assegura transferência de renda para famílias com crianças de até seis anos, entre outros.

Programas como esses vêm sendo reconhecido em âmbito nacional. No mês passado, o Governo do Estado conquistou o prêmio Brasil sem Fome, instituído pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), como o estado que mais reduziu a insegurança alimentar grave no Brasil entre 2022 e 2024.

Alagoas ficou em primeiro lugar do Nordeste na categoria “Redução da Insegurança Alimentar e Nutricional nos Estados e no Distrito Federal”.

Os dados desta quarta-feira já haviam sido antecipados em junho deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV / IBRE), em estudo feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do próprio IBGE.

Na ocasião, o governador Paulo Dantas ressaltou que os números comprovam a eficácia das políticas sociais, mas reconheceu a necessidade de avançar na redução das desigualdades.

“Temos orgulho de liderar a queda da pobreza no Nordeste, mas sabemos que ainda há muito a fazer. Vamos intensificar programas de geração de emprego e renda, além de ampliar o acesso à educação de qualidade, para que o crescimento econômico beneficie todos os alagoanos”, destacou.

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