Em Alagoas, oitenta e nove bebês nasceram com a síndrome congênita do Zika vírus, que engloba microcefalia e outras síndromes, entre janeiro e setembro deste ano. O número divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) supera o que foi registrado no ano anterior, quando 67 casos foram notificados no mesmo período.
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Segundo a Sesau, a nomenclatura microcefalia deixou de existir e passou a ser chamada de síndrome congênita, por determinação do novo protocolo do Ministério da Saúde. Com isso, outras anomalias que não são microcefalia foram integradas, como exemplo a síndrome do pé torto, que também é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.
Outras caracterísitcas que se enquadram na Síndrome Congênita do Zika são: lesões, que seriam cicatrização ou alterações de pigmento na parte de trás do olho; tecido cerebral reduzido com padrão específico de danos ao cérebro; e excesso de tônus muscular, limitando os movimentos corporais após nascimento.
Neste ano, além da microcefalia, houve um aumento de outras síndromes, o que provocou o crescimento de aproximadamente 25% dos dados notificados. Anomalias que anteriormente eram descartadas como microcefalia pelo Ministério da Saúde, por não apresentar uma menor medida do perímetro da cabeça do bebê, foram englobadas após a determinação. Elas passaram por uma nova avaliação e agora são consideradas como síndrome congênita do Zika vírus.
Para combater os casos de Zika vírus, a secretaria confirmou que as ações para o período do verão são as mesmas para a prevenção das arboviroses: zika, dengue e chickungunya, a partir do controle do vetor que é o Aedes aegypti.
Além de evitar recipientes que acumulem água, é necessário limpar calhas e quintais e, no caso das gestantes, usar repelente e fazer as consultas de pré-natal, com especial atenção à realização de teste rápido de zika, hoje fazendo parte do protocolo do Estado, juntamente com os exames de rotina do pré-natal.
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