Em 2024, Alagoas registrou a maior taxa de analfabetismo do Brasil, com 14,2% da população de 15 anos ou mais sem habilidades de leitura e escrita, superando a média nordestina e nacional, o que evidencia um desafio persistente para a educação no estado.
Embora a frequência escolar no ensino fundamental seja alta, com mais de 94% de crianças de 6 a 14 anos frequentando a escola, a taxa cai drasticamente para 69,8% entre jovens de 15 a 17 anos e apenas 18,2% no ensino superior, refletindo desigualdades educacionais significativas.
As autoridades reconhecem a necessidade de monitorar esses indicadores para desenvolver políticas públicas que promovam a inclusão e a permanência escolar, especialmente em um contexto onde Maceió apresenta a maior taxa de analfabetismo entre as capitais brasileiras.
A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) esclarece que, embora o índice atual de analfabetismo seja inaceitável, é fundamental que a sociedade saiba que o estado está em uma trajetória consistente de sucesso. A Seduc já reduziu a taxa de analfabetismo em mais de 40% desde 2011, quando o índice estava em torno de 25%. Essa redução histórica comprova a eficácia das políticas de EJA ofertadas continuadamente.
Para acelerar a queda desse índice, o Governo de Alagoas liderou a inédita retomada do Programa Brasil Alfabetizado (PBA) – Edição Saldos Remanescentes, paralisado há 10 anos em nível nacional. Esta ação emergencial garantirá, entre 2024 e 2025, a alfabetização de 14.000 jovens a partir de 15 anos, adultos e pessoas idosas, com 80% dos atendimentos focados na zona rural, combatendo diretamente o analfabetismo onde ele é mais persistente. Os próprios dados do IBGE atestam que o Ensino Fundamental já está praticamente universalizado (94% de frequência), e a Seduc segue com o investimento em Escolas de Tempo Integral e qualificação da EJA, provando que a superação do analfabetismo é a maior prioridade do Estado.
Em relação aos dados divulgados pelo IBGE sobre a taxa de analfabetismo no país, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) destaca que o Município vem reduzindo os históricos índices negativos de analfabetismo na capital e segue trabalhando para diminuir cada vez mais esses números.
No Censo divulgado em 2022, o índice de analfabetismo em Maceió foi de 8,4%. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2024 apontou uma redução para 7,2% e, hoje, o IBGE aponta que Maceió aparece com 6,4% de pessoas analfabetas, enquanto o estado alagoano registra um índice de 14,2% de pessoas de 15 anos ou mais analfabetas.
A Semed vem investindo na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), por meio de parcerias como o Programa Brasil Alfabetizado e a parceria inédita com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para oferta de cursos de qualificação profissional, além de desenvolver outras ações de mobilização para garantir a matrícula e a permanência dos estudantes da EJAI.
Paralelamente, o Município desenvolve também ações voltadas à alfabetização na idade certa, como o programa “Alfabetiza Maceió” – que é uma ação preventiva, ainda com as crianças, para que elas sejam motivadas com a permanência e a progressão na rede. O programa envolve ainda formação continuada para os professores, materiais pedagógicos complementares, avaliações diagnósticas e acompanhamento do desempenho dos alunos.
No ano passado, Maceió foi a cidade alagoana (acima de 100 mil habitantes) que mais evoluiu no quesito “Educação” nos últimos quatro anos (2021/2024), em média 9,8%. O resultado estadual foi apontado no Prêmio Band Cidades Excelentes 2024, que avaliou o ciclo completo do mandato dos prefeitos nos últimos quatro anos.
A Semed reafirma, por fim, que seguirá comprometida com a redução dos índices de analfabetismo e com a oferta de uma educação cada vez mais inclusiva e de qualidade para todos.
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