Alimentos "perdem" 14 mil toneladas de sal, mas consumo do brasileiro ainda é alto

Publicado em 29/06/2016, às 10h58

Por Redação

Temperos, margarina, cereais, caldos e cubos em pó foram alguns dos alimentos que conseguiram resultado positivo na proposta de redução da quantidade de sódio.

A medida faz parte de um acordo entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), que só não obteve êxito entre caldos líquidos e em gel, categoria que teve aumento na concentração de sódio em 8,84%.

Os temperos tiveram queda de 16,35%, seguidos pela margarina com 7,12%, pelos cereais (5,2%), pelos caldos e cubos em pó (4,9%) e pelo tempero para arroz (6,03%).

Esta é a terceira etapa do acordo, quando foram retiradas 14.893 toneladas de sódio de alimentos processados, no período 4 anos.

A meta para 2020 é que as indústrias do setor promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal dos alimentos, porém, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, alertou que o brasileiro ainda consome muito sódio.

Segundo o IBGE, o consumo excede em mais de duas vezes o limite máximo recomendado pela OMS, de 5g/dia.

A média nacional é de 12 gramas e, ainda de acordo com pesquisa do IBGE, 70% da população brasileira consomem sódio em excesso.

Esse consumo é fator de risco para doenças crônicas não-transmissíveis, que respondem por 72% dos óbitos no Brasil.

Com a diminuição, será possível reduzir até 15% óbitos por AVC, 10% óbitos por infarto, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Ainda com a redução, mais de 1,5 milhão de pessoas estarão livres de medicação para hipertensão.

Agora, o Ministério da Saúde e a Abia iniciam discussões sobre nova parceria, desta vez para reduzir o açúcar nos alimentos processados.

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