Aneel decide: conta de luz terá ou não cobrança extra em janeiro?

Publicado em 23/12/2025, às 18h40
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Marcelo Camargo / Agência Brasil

Por Fábio Pupo / Folhapress

A Aneel anunciou que a bandeira verde será aplicada na conta de luz em janeiro, resultando em um início de ano sem taxas extras para os consumidores de energia elétrica. Essa decisão é reflexo da manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das hidrelétricas nos últimos meses.

Embora as chuvas ainda estejam abaixo da média histórica, a redução na necessidade de acionamento das usinas termelétricas em janeiro de 2026 evitará custos adicionais. O sistema de bandeiras tarifárias, implementado há dez anos, permite que os consumidores sejam informados sobre os custos de geração de energia de forma mais imediata.

A Aneel é responsável pela definição mensal da bandeira tarifária, que varia de acordo com o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) e as condições dos reservatórios. As bandeiras tarifárias incluem a verde, que não gera acréscimos, e as vermelhas e amarela, que implicam em custos adicionais por quilowatt-hora consumido.

Resumo gerado por IA

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vai aplicar a bandeira verde na conta de luz em janeiro. Com isso, o ano começará sem taxa extra no consumo de energia.

Segundo a agência, as chuvas ainda estão abaixo da média histórica. Contudo, em novembro e dezembro houve no país uma manutenção do volume de precipitação e do nível dos reservatórios das hidrelétricas.

"Em janeiro de 2026, não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais", diz a autarquia, em nota.

O sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz, que permite repassar mensalmente aos consumidores os maiores custos do país com a geração de energia, completou dez anos de implementação em 2025.

O mecanismo faz com que preços maiores para gerar energia, sobretudo pelo menor volume de água nas hidrelétricas, sejam transmitidos de forma mais imediata à famílias para que elas, informadas do maior custo, consumam de maneira mais consciente.

Antes, o repasse era feito de maneira defasada no reajuste anual das tarifas -o que poderia, sem uma moderação no uso da energia, impulsionar ainda mais o acerto de contas.

O responsável por escolher a bandeira tarifária mensalmente é a Aneel. É aplicada uma cobrança a depender da cor (verde, amarela, vermelha patamar 1 ou vermelha patamar 2).

A definição usa diferentes variáveis, sendo a principal o PLD (Preço de Liquidação de Diferenças) -indicador que leva em conta o valor da geração de energia e é influenciado principalmente pelas condições dos reservatórios das hidrelétricas e pela consequente necessidade de acionamento de termelétricas (ou seja, menos água significa mais custos).

Entenda mais sobre as bandeiras tarifárias

  • Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo
  • Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos
  • Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada quilowatt-hora consumido
  • Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada quilowatt-hora consumido

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