A hipertensão arterial, uma das principais causas de doenças cardiovasculares no Brasil, é tratada de forma inadequada por 70% da população, o que gera preocupações entre especialistas sobre os riscos associados à interrupção do tratamento.
A condição, que não tem cura mas pode ser controlada, pode levar a complicações graves como infarto e AVC, especialmente quando os pacientes não percebem a necessidade de manter a medicação e o acompanhamento médico.
Para um controle eficaz da hipertensão, é essencial não apenas o uso de medicamentos, mas também a adoção de hábitos saudáveis e consultas regulares com cardiologistas, como enfatiza o Hospital do Coração Alagoano.
A hipertensão arterial, uma das principais causas de doenças cardiovasculares no Brasil, ainda é tratada com descuido por grande parte da população. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que apenas 30% dos pacientes com pressão alta seguem o tratamento de forma adequada, um número considerado alarmante por especialistas.
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De acordo com o cardiologista Leandro Castelo, do Hospital do Coração Alagoano, o grande perigo está na falsa sensação de controle.
“Muitos pacientes interrompem o uso da medicação quando a pressão ‘normaliza’ ou sequer percebem que são hipertensos. Quando o tratamento é interrompido, a pressão volta a subir de forma silenciosa, expondo o paciente a riscos graves”, explica.
Uma doença silenciosa e perigosa
A hipertensão não tem cura, mas tem controle. Quando negligenciada, pode causar consequências irreversíveis, funcionando como uma verdadeira “bomba-relógio” no organismo. Entre as principais complicações estão o infarto agudo do miocárdio, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), a insuficiência cardíaca e a insuficiência renal.
“Essas complicações muitas vezes surgem sem aviso prévio. Por isso, manter a pressão arterial descontrolada é extremamente perigoso”, alerta o cardiologista.
Tratamento vai além do medicamento
Segundo o especialista, o controle da pressão arterial exige mais do que o uso diário da medicação. Mudanças no estilo de vida são fundamentais para a eficácia do tratamento.
“É essencial adotar hábitos saudáveis, como praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação equilibrada, reduzir o consumo de sal e evitar o tabagismo”, reforça Leandro Castelo.
O acompanhamento médico contínuo também é indispensável. É ele que permite ajustar doses, avaliar a resposta ao tratamento e garantir que a pressão se mantenha dentro dos níveis adequados.
Cuidar do coração é um compromisso diário
“O bem mais precioso que temos é a nossa saúde. Não faça parte dos 70% que negligenciam o tratamento”, destaca o cardiologista. A recomendação é clara: procure seu cardiologista, agende consultas regulares e seja 100% comprometido com o cuidado do seu coração.
O Hospital do Coração Alagoano atua na prevenção, no diagnóstico precoce e no acompanhamento contínuo dos pacientes, promovendo informação e cuidado para uma vida mais saudável.