O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso, recebeu atendimento médico por telefone devido a uma crise de refluxo e soluços, com ajustes nas medicações sendo feitos pelo cardiologista responsável. A situação de saúde de Bolsonaro gerou preocupações entre seus familiares, que relataram a gravidade das crises nas redes sociais.
Os filhos de Bolsonaro destacaram que ele não consegue dormir devido às crises e expressaram preocupações sobre a saúde do pai, com um deles afirmando que o sistema está 'assassinando' Bolsonaro. O cardiologista Leandro Echenique, que acompanha o ex-presidente desde 2018, mencionou que ele apresentou confusão mental e alucinações, possivelmente relacionadas ao uso de um medicamento não autorizado pela equipe médica.
A equipe médica que acompanha Bolsonaro tem autorização prévia do STF para visitas, e os médicos já estiveram com ele após sua prisão. A situação atual é de monitoramento contínuo, com a possibilidade de uma visita pessoal do cardiologista se as condições de saúde não melhorarem.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília, recebeu na tarde desta quinta-feira (27) atendimento médico por telefone após uma nova crise de refluxo e soluços.
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À CNN Brasil, o cardiologista Leandro Echenique disse que, após conversar com o ex-presidente, fez ajustes nas doses dos medicamentos para conter a crise.
"Resolvi por telefone as condutas. Aumentei as doses do refluxo e soluço. Fiz os ajustes. Se não melhorar, provavelmente vou a Brasília vê-lo pessoalmente", disse Echenique à CNN Brasil.
Todos os médicos que acompanham o tratamento de saúde de Bolsonaro têm visitas autorizadas previamente pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Mais cedo, dois dos filhos do ex-presidente relataram nas redes sociais que médicos haviam sido acionados após uma crise de soluços mais acentuada, que teria começado ainda na madrugada.
A primeira publicação foi do vereador de Balneário Camboriú (SC), Jair Renan Bolsonaro (PL). Ele disse que o pai relatou que não consegue mais dormir durante a noite devido às crises. "As providências para a melhora desse quadro estão sendo tomadas pela equipe médica", completou.
O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), o filho "02", também relatou que o ex-chefe do Executivo teve uma crise mais acentuada de soluços.
"Acabo de receber a informação de que meu pai acaba de ter mais uma crise acentuada que já vinha se arrastando. Os médicos foram acionados nesta tarde (27) diante da persistência de soluços e refluxos que começaram durante a noite e continuaram ao longo do dia. Ele não vai sobreviver frente a essa injustiça. O sistema está assassinando de forma rápida e brutal o meu pai… o que fazer, Meu Deus?", escreveu Carlos.
Echenique acompanha Bolsonaro desde 2018, quando o então candidato sofreu uma facada. O cardiologista e o cirurgião-geral Cláudio Birolini, que assumiu o tratamento do ex-presidente em abril deste ano, estiveram na superintendência da PF visitando Bolsonaro no último domingo (23), um dia após a prisão preventiva.
Após a visita, os médicos divulgaram um boletim afirmando que o ex-presidente "encontra-se estável do ponto de vista clínico", mas relataram que, na noite de sexta-feira (21), ele apresentou quadro de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso do medicamento Pregabalina.
A equipe médica relatou que não teve conhecimento nem consentiu o uso do remédio, que foi receitado por outra profissional para otimizar o tratamento.
Durante a audiência de custódia, Bolsonaro explicou que teve uma “certa paranoia” entre sexta e sábado (22). Em sua fala, alegou que esses fatores o levaram, por volta da meia-noite, a mexer na tornozeleira com um ferro de solda, porque tem curso de operação desse tipo de equipamento.
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