Após prisão do pai, Flávio Bolsonaro mantém vigília e pede que apoiadores ‘evitem a PF’

Publicado em 22/11/2025, às 16h30
Flávio Bolsonaro - Andressa Anholete/Agência Senado
Flávio Bolsonaro - Andressa Anholete/Agência Senado

Por Veja

O senador Flávio Bolsonaro confirmou a realização de uma vigília em apoio ao pai, Jair Bolsonaro, mesmo após a prisão do ex-presidente, destacando que o ato foi considerado uma ameaça à ordem pública pelo ministro Alexandre de Moraes.

Flávio pediu que os apoiadores evitassem se concentrar na sede da Polícia Federal, enfatizando que a vigília seria uma busca por apoio espiritual e não uma tentativa de tumulto ou fuga.

A decisão de Moraes foi baseada em suspeitas de violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro, mas Flávio defendeu que não houve intenção de fuga, argumentando que seu pai não teria retornado ao Brasil se quisesse escapar.

Resumo gerado por IA

O senador Flávio Bolsonaro reforçou, neste sábado, 22, que manterá a vigília convocada para as 19h nas proximidades do condomínio onde Jair Bolsonaro vivia em regime domiciliar, mesmo após a prisão preventiva do ex-presidente e sua transferência para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A manutenção do ato foi um dos elementos mencionados pelo ministro Alexandre de Moraes ao justificar a ordem de prisão, por representar risco de aglomeração e tumulto.

Em nova mensagem publicada na plataforma X no meio da tarde, Flávio pediu que apoiadores não se dirijam à sede da PF — onde já havia concentração de simpatizantes. “Oração virou crime. Neste momento difícil e de total ruína da democracia, peço a todos que não se precipitem em nada, por exemplo, não vão para frente da sede da PF. Quem puder, venha para a vigília hoje, às 19h, para buscarmos antes de qualquer coisa a força de Deus”, escreveu.

O apelo ocorre poucas horas depois de o próprio senador ter repetido, em live de 44 minutos, que a convocação seria mantida “pela saúde” do pai e que não havia motivo para cancelar o encontro. Flávio disse ainda que a mobilização não tinha relação com suposta tentativa de fuga. “Ele já está preso, por que vai impedir a vigília agora?”, afirmou.

A decisão de Moraes, tomada após alerta do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, menciona suspeita de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro, registrada à 0h08 deste sábado. Para o ministro, a ruptura apontaria intenção de fuga, facilitada pela confusão provocada pela vigília convocada pelo senador. Flávio, por sua vez, sustenta que o pai não tentou escapar e afirma que, se quisesse, não teria retornado dos Estados Unidos em 2023.

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