Com as celebrações juninas tomando conta das noites frias, é hora de resgatar tradições que aquecem o corpo. Em meio às danças e sabores típicos, uma bebida se destaca por seu aroma envolvente e gosto acolhedor: o vinho quente. Preparado com frutas e especiarias, ele é presença garantida nas festas. No entanto, a escolha do vinho faz toda a diferença no resultado.
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Muito utilizados nas festas juninas, os vinhos de garrafão, ou aqueles “de mesa”, são bebidas alcoólicas mistas ou feitas com uvas que não são próprias para a produção de vinhos, como a espécie Vitis labrusca. Além disso, podem favorecer a ressaca no dia seguinte.
Segundo Kruver Batista, sommelier com mais de 15 anos de experiência na área, há no mercado vinhos coloniais de pequenos produtores e de mesa de melhor qualidade, com preços acessíveis e que fazem toda a diferença na receita.
“Não é preciso gastar muito para ter um vinho quente gostoso e sem ressaca no dia seguinte. O ideal é escolher vinhos feitos 100% de uva, sem misturas de outras frutas ou açúcar adicionado”, explica.
As uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Tempranillo são as mais recomendadas para o preparo. Ambas conferem corpo, aroma e sabor ao vinho quente, resistindo bem ao calor e harmonizando com as especiarias.
Outra dica para evitar a ressaca no dia seguinte é não esquecer de se hidratar e beber com moderação.

A seguir, confira uma receita clássica de vinho quente com o toque do sommelier, que faz questão de incluir especiarias frescas e casca de laranja para equilibrar o sabor:
Em uma panela, coloque a água, o gengibre, as canelas, os cravos-da-índia e a casca de laranja. Leve ao fogo médio. Quando começar a ferver, adicione o açúcar e mexa até dissolver. Acrescente o vinho tinto e a maçã. Aqueça sem deixar ferver para não evaporar o álcool. Desligue o fogo e sirva ainda quente.
Com essa receita dá para manter a tradição junina, mas com um toque de sofisticação e qualidade no copo. “Mesmo em receitas populares, a escolha do vinho certo faz toda a diferença”, reforça Kruver Batista.
Por Rodrigo Almeida
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