Saúde

Aprovado no Brasil, novo remédio para emagrecimento pode desbancar o Ozempic

Fatos e Notícias | 28/03/24 - 09h48
Divulgação

Aprovado no Brasil no último mês, o Mounjaro já está começando a chegar nas farmácias e promete desbancar o império do Ozempic, conhecido medicamento para o tratamento de diabetes — mas que é mais usado para auxiliar no processo de emagrecimento.

O Mounjaro foi criado pela farmacêutica Eli Lily e tem como princípio ativo a tirzepatida. Assim como o Ozempic, a sua indicação é para o tratamento do diabetes tipo 2. Porém, foi demonstrado em estudos que ela também é eficiente no emagrecimento para pacientes com obesidade. A perda de peso, de aproximadamente 20% do peso corporal total, ultrapassa os resultados obtidos com o Ozempic.

O remédio funciona “imitando” dois hormônios que nosso próprio corpo produz, sendo eles:

• O GIP, que atua levando a liberação de insulina, o que diminui apetite e glicose sanguínea;

• E o GLP-1, com função de atrasar o esvaziamento gástrico, deixando a comida muito mais tempo no estômago, o que reduz o apetite consideravelmente.

Mounjaro ou Ozempic, qual é melhor?

Ozempic e Mounjaro são ambos medicamentos que imitam o GLP-1, mas têm diferentes ingredientes ativos, doses e mecanismos de ação. A Novo Nordisk fabrica o Ozempic e o Mounjaro é fabricado pelo laboratório Eli Lilly and Company.

Mounjaro normalmente deve ser usado em uma caneta injetora descartável. Embora Ozempic também use canetas injetoras, cada caneta pode conter mais de uma dose por caneta. Mounjaro e Ozempic imitam o hormônio GLP-1.

Mas, de acordo com Eli Lilly, Mounjaro é o primeiro e único medicamento aprovado que ativa o polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose — também conhecido como polipeptídeo inibitório gástrico — e os receptores de GLP-1 no corpo. Isso faz, segundo a fabricante, que o medicamento seja mais eficiente tanto no controle da diabetes tipo 2, quanto na perda de peso.

O que diz a Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o Mounjaro no último mês e certificou os estudos que mostram que a tirzepatida reduz de forma significativa a quantidade de hemoglobina glicada no sangue, o que indica o controle de açúcar. No Brasil, o remédio está disponível em formato de caneta injetável. Além disso, o órgão também reconheceu o efeito do remédio para a perda de peso.