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Assolada pela pandemia, Las Vegas aposta em sua reabertura

Cidade americana conhecida por seus luxuosos hotéis e cassinos e tendo o turismo como seu principal pilar econômico, acabou sendo grandemente afetada pela pandemia do Covid-19.

19/09/20 - 09h00


Ironicamente deserta desde Março, Las Vegas, no estado americano de Nevada, inicia seus primeiros passos em direção a reabertura dos seus estabelecimentos, se preparando para receber novos turistas nos próximos meses. A campanha “O que acontece em Vegas” lançada pelos órgãos de turismo local, no meio de Maio, visa incentivar turistas de todo mundo a retornar para Vegas.

Nas últimas semanas, Las Vegas reabriu suas portas para grande parte das suas atividades. Após longo período de hibernação, a metrópole do estado de Nevada está longe de ser aquela velha e famosa “cidade do agito”. Uma série de procedimentos sanitários, necessários para a evitar a disseminação da Covid-19, descaracterizam gradativamente esta sua faceta.

Para os turistas que procuram entretenimento mais adulto, ou seja, longe da roleta dos cassinos, a realidade está ainda mais distante do que se via antes da pandemia. Apesar da abertura gradual de Vegas para o turismo, muitos clubes ainda se encontram fechados.

No mês de Junho, com a chegada do verão nos Estados Unidos, em outros tempos, Las Vegas seria tomada pelas “pool parties”, que atraem centenas de turistas ao redor do mundo. Porém, esse tipo de evento logicamente continua proibido por lá. A cidade, como o esperado, se encontra em uma fase de seu processo de reabertura que não permite, até que novas soluções sejam encontradas, grandes aglomerações de pessoas. Apesar disso, alguns hotéis estão abrindo com suas piscinas para os hóspedes, mas com controle do número de pessoas, aparentemente.

Os cuidados não se limitam somente às piscinas e festas - complexos como o Gold Nugget e o The Cosmopolitan adotaram diversas medidas sanitárias para evitar a disseminação do vírus. Em muitas mesas de jogos, há a presença de barreiras de acrílico para separar as pessoas, assim como existe o cuidado acerca do número de pessoas permitidas em cada mesa, que foi drasticamente reduzido.

Os procedimentos são regulamentados pelo órgão Nevada Gaming Control Board, que regula a jogatina na cidade. Há a recomendação de que seja mantida uma distância mínima de cerca de 1,8 metros entre as pessoas. Ou seja: aqueles tradicionais grupos de curiosos, que costumam se juntar ao redor das mesas para acompanhar os jogos, terão muito mais dificuldade de se aproximar nesse momento.


Além disso, a configuração dos cassinos sofreu alterações, com máquinas caça-níqueis mais espaçadas para manter o distanciamento entre os frequentadores. O uso de máscara é obrigatório tanto dependências dos cassinos, como em toda cidade, que conta com inúmeras estações de álcool em gel e outros tipos de higienizadores. Nas redes sociais, entretanto, circulam diversos vídeos e imagens que mostram muitos visitantes circulando sem máscara pela cidade – e tampouco respeitando o distanciamento de cerca de 2 metros exigido pelas autoridades locais.


Mesmo com os cuidados, muitos relatam grandes receios: É fácil lembrar que estabelecimentos estão fechando por toda a parte do mundo, mas na indústria do entretenimento como parques de diversão e de jogos em espaço físico parece ter tido um “baque” maior. No Japão, um dos clássicos prédios da SEGA, o SEGA Akihabara Building 2, fechou as portas recentemente por falta de movimento, não tendo condições de se manter na mesma situação. Foram mais de 17 anos em funcionamento e já era um ponto de parada conhecido turisticamente, igualmente.