Beatriz Henrique da Silva, de 23 anos, foi assassinada em sua casa em Maceió, enquanto dormia, com seu filho de quatro anos presente, que também foi ferido. O crime foi atribuído a Albino dos Santos Lima, um serial killer com um histórico de 18 homicídios, que está sendo julgado pelo caso.
O menino, que vive com o pai e a ex-sogra de Beatriz, apresenta sequelas emocionais significativas, incluindo dificuldades de comunicação e um forte luto pela mãe. A família evita discutir o assunto, mas o garoto frequentemente pergunta sobre ela, sendo aconselhado por uma psicóloga a lidar com suas emoções.
Albino dos Santos Lima, que já acumula 126 anos de pena, minimizou suas ações durante o julgamento, alegando que o assassinato foi ordenado por uma divindade. O promotor de Justiça destacou a gravidade dos crimes e a continuidade dos julgamentos, prevendo mais processos no futuro.
Assassinada dentro de casa, enquanto dormia, a jovem Beatriz Henrique da Silva, de 23 anos, deixou um filho pequeno. O menino, que tinha apenas quatro anos na época do crime, presenciou a execução da mãe e também foi atingido pelos disparos. Segundo denúncia do Ministério Público de Alagoas (MPAL), com base nas investigações da Polícia Civil (PCAL), os tiros foram efetuados por Albino dos Santos Lima, conhecido como o serial killer de Maceió, que voltou ao banco dos réus nesta quinta-feira (13) para ser julgado pelo caso.
LEIA TAMBÉM
Atualmente, o garoto vive com o pai e a ex-sogra de Beatriz, que acompanhou o julgamento e relatou as sequelas emocionais deixadas pelo crime. “Ele mora com o pai e comigo. Ele sente muita falta da mãe dele, tem que passar pelo psicólogo. Ele não falava, passou um tempo sem falar, a gente pensou que ele não ia falar, mas aí eu coloquei ele na escola. Hoje ele está bem, mas ele sente falta”, contou a mulher, que pediu para não ser identificada.
A ex-sogra relatou ainda que, por motivos emocionais, a família evita falar sobre o assunto, mas o menino insiste em perguntar pela mãe. “A gente não deixa ele falar as coisinhas da mãe dele, nem fotos da mãe dele a gente dá para ele ver, ele sente muita falta dela. Ele pergunta pela mãe dele, a gente já falou com a psicóloga, ela falou para a gente conversar com ele. Hoje ele diz que a mãe dele é uma estrelinha”, completou.
Beatriz foi morta a tiros dentro de casa, na Rua Cabo Reis, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió, em 15 de dezembro de 2023. O assassino invadiu a residência e atirou contra ela enquanto dormia, atingindo também o filho, que estava na mesma cama.
Albino dos Santos Lima é acusado de 18 homicídios e seis tentativas de homicídio, todos cometidos em Maceió. O número de crimes faz com que ele figure entre os cinco maiores serial killers do Brasil, segundo as autoridades. O Ministério Público aponta que o homicídio de Beatriz foi cometido por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
"Filme de terror sem fim"
O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas classificou como “um filme de terror que parece não ter fim” a sequência de crimes atribuídos a Albino dos Santos Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”, que voltou a ser julgado nesta quinta-feira (13) pelo assassinato de Beatriz Henrique da Silva. O Ministério Público de Alagoas (MPAL) apontou que o homicídio foi cometido por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
"Eu tenho que me tornar repetitivo. A linha de acusação é a mesma porque essa ladainha que ele conta aqui é a mesma. É um filme de terror que parece que não vai mais acabar. Esse é o quinto júri nessa vara, e teremos mais um em janeiro. Ele está acumulando 126 anos de cadeia. Ainda que tenha progressão de regime, vai passar pelo menos 30 anos em regime fechado”, afirmou Vilas Boas.
Albino acusou vítima e atribiu crime à divindade
Albino dos Santos Lima voltou a minimizar as atrocidades pelas quais é acusado e atribuiu a autoria do assassinato de Beatriz Henrique da Silva à divindade arcanjo Miguel.
"Essa mulher era traficante de drogas, todos sabem disso, ela traficava em várias regiões. Ele [o arcanjo] me contou para ceifar esse joio, que vivia na sociedade traficando, roubando, e outras coisas mais que já falei nos autos. A ação, a execução, tudo isso, não era eu. Eu me recordo que chamava a Polícia e ela se escondia, por isso a Polícia nunca prendia ela", afirmou Albino.
LEIA MAIS
+Lidas